Muito se fala dos fabricantes de automóveis e da sua aposta tecnológica nos veículos eléctricos, o que implica chorudos investimentos. No entanto, não abundam as referências à troca de motores de combustão por unidades eléctricas nos modelos de duas rodas, até porque as normas europeias são mais permissivas para as motos. Mas se as limitações vão chegar mais tarde, não quer dizer que não acabem por se impor.

A Harley-Davidson foi das primeiras marcas a propor um modelo eléctrico (a LifeWire), que surpreendeu pela eficiência, mas a Kawazaki causa ainda maior surpresa ao anunciar que, a partir de 2035, apenas fabricará e venderá motos eléctricas alimentadas por bateria em mercados como o europeu.

Obviamente, o construtor já estará a contar com o continuar da evolução nas células das baterias, que atingem cada vez maior densidade energética, tanto em relação ao volume como ao peso. Isto vai permitir transportar menos volume e peso de acumuladores, mas ainda assim garantir maior autonomia entre recargas. Basta lembrar que a LifeWire, apresentada em 2019, anuncia 177 km/h e 235 km de autonomia, valores que necessariamente parecerão pré-históricos em 2035.

A Kawazaki, revelando que pretende igualmente desenvolver motores a hidrogénio como forma de conter as emissões poluentes, avançou com a promessa de introduzir 16 novos motociclos por ano até 2025, incluindo as motos movidas a bateria e a hidrogénio. Certo é que a marca japonesa que nos trouxe as Kawazaki Z500 e Z900 nos anos 70 e, mais recentemente, as exuberantes Ninja, se prepara para continuar a surpreender, mesmo quando os kWh e o H2 acabarem por substituir a tradicional gasolina.

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