As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica aumentaram 2,6%, para 1.104 milhões de euros, em agosto face ao mesmo mês de 2020, números que a associação setorial considera “bastante bons”, mas “aquém do esperado”.

“Depois de seis meses que representaram alguns dos melhores ao nível dos valores das exportações, o Metal Portugal continua numa toada de crescimento estável, com um registo de 1.104 milhões de euros no mês de agosto, o que representa um crescimento sustentado de 2,6% face ao período homólogo de 2020″, avança a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.

No acumulado desde o início do ano, até final de agosto, a AIMMAP reporta um crescimento de 25,6% das exportações do setor face a 2020 e uma subida de 0,7% face ao período pré-pandemia (2019).

Contudo, para a AIMMAP, “apesar de estes números serem bastante bons, tendo em conta que o mês de agosto é, geralmente, um mês marcado pelo abrandamento generalizado da economia devido ao período de férias, ficaram aquém do esperado”.

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Segundo a associação, “este furar de expectativas deve-se, em grande medida, ao agravamento constante e ininterrupto do custo das matérias-primas, do transporte marítimo e, mais recentemente, do combustível e da energia”.

Para o registo das exportações em agosto continuaram, segundo a AIMMAP, a contribuir os mercados considerados “tradicionais”, como Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Itália.

A associação nota, no entanto, que “a representatividade destes mercados junto das exportações portuguesas tem vindo a cair, sendo que, neste momento, representa 71,2% das exportações do Metal Portugal”.

Em contracorrente, a AIMMAP dá conta, desde o início da pandemia, do “aumento da importância de mercados que até então não eram tradicionais, como o Japão, a China, a Austrália e Marrocos, que se mantêm no topo de principais parceiros comerciais”.