O presidente reeleito da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, disse esta terça-feira que é urgente que o governo dialogue, responda e decida, sobre várias questões que dele dependem.

“É absolutamente urgente que nos próximos meses o Governo dialogue, responda, decida”, afirmou Ribau Esteves no seu discurso de posse para o terceiro e último mandato, em que não poupou críticas aos seus adversários, mesmo dentro do seu partido, o PSD.

Dos “pendentes” à atenção do governo que exemplificou figura “a entrega à Câmara de Aveiro dos terrenos da antiga Lota e a frente-Ria de São Jacinto, dos edifícios do Estado ao abandono e em ruína, como o Colégio Alberto Souto, o antigo Centro de Saúde Mental de São Bernardo e os terrenos do antigo aquartelamento da Polícia Marítima e da sede da Empresa de Pesca de Aveiro”.

Lembrou ainda “a reabilitação da Escola Básica de 2º e 3º Ciclo de São Bernardo e do Conservatório de Música de Aveiro, a nova Escola Secundária Homem Cristo, as muitas áreas da descentralização sem qualquer desenvolvimento, os novos edifícios dos tribunais para terminarem as instalações precárias e provisórias, e a qualificação profunda dos bairros sociais do Griné e do Caião”.

Ribau Esteves voltou a sublinhar a urgência de garantir o financiamento para a ampliação e qualificação do Hospital Infante D. Pedro, com Centro Académico Clínico, que classificou como “a principal prioridade de investimento público no Município e na Região”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sobre a vitória da Aliança com Aveiro, que liderou, disse que a expressão eleitoral contém várias “respostas claras dos eleitores“, desde logo à comissão política de Secção do PSD de Aveiro, “pela guerrilha politiqueira que os seus elementos protagonizaram neste processo eleitoral, sem regras e sem honra”.

“Os aveirenses disseram um basta que devem ouvir para podermos dar ao Município de Aveiro uma Concelhia do PSD honrada, trabalhadora e que seja um parceiro bom e saudável do processo político”, disse.

Criticou também “os que se arvoram em independentes e representantes dos cidadãos sem irem a votos, que instrumentalizam discordâncias normais sobre projetos para se promoverem e publicitarem, e na primeira oportunidade, assumirem candidaturas autárquicas por partidos políticos”, numa referência a David Iguaz do Movimento Juntos pelo Rossio, que figurou nas listas do PS.

Sobre Élio Maia, seu antecessor, mostrou-se sentido por se ter “arvorado em alterador da história como mandatário de uma lista falsamente independente, com o expresso patrocínio do Partido Socialista”.

Ao conferir a posse aos novos titulares dos órgãos autárquicos, o presidente cessante da Assembleia Municipal, Luís Souto, considerou que os resultados eleitorais reforçaram a legitimidade democrática de Ribau Esteves para levar avante os seus projetos para o Município, mesmo os mais controversos.

As recentes eleições mostraram de forma clara que o povo, aquele que é quem mais ordena, aprovou genericamente as opções que foi tomando e em particular aquelas que foram objeto de maior discussão pública”, disse Luís Souto a Ribau Esteves.