O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu esta quarta-feira a alteração da lei laboral para acabar com o “parasitismo” de algumas pessoas que recusam sistematicamente trabalho para viver “à custa dos contribuintes”, beneficiando dos subsídios.

“Evidentemente que uma das iniciativas que deveriam ser tomadas a nível nacional seria a revisão da lei que permite que algumas pessoas que recebem o seu subsídio [desemprego] possam recusar os postos de trabalho e começarem a receber”, disse Miguel Albuquerque à margem da reabertura da loja “Leroy Merlin”, num novo espaço, nos arredores do Funchal.

Na opinião do chefe do executivo madeirense, há situações deste tipo que “são absurdas, aberrantes e não podem continuar”.

Para acabar com este problema, opinou ser necessário “ter um Governo nacional que aposte na economia e compreenda estas situações e resolva este problema de parasitismo à custa dos contribuintes”.

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O chefe do executivo madeirense de coligação PSD/CDS perspetivou que “o desemprego vai continuar a baixar”, mencionando haver “muita falta de mão de obra em todos os setores”.

O responsável insular complementou que as autoridades regionais “têm conhecimento e é uma situação que leva já à revolta das pessoas que continuam a trabalhar e a pagar essas situações“.

Albuquerque salientou que a Madeira “não tem autonomia para alterar essa lei”, frisando: “Senão já tinha alterado, não tenham dúvida nenhuma!”

O governante sustentou que a legislação devia ser alterada na Assembleia da República, mas, “uma vez que tem uma maioria de extrema esquerda que acha que o futuro do país é não se trabalhar, nem investir e viver à custa dos outros, não vai fazer isso enquanto não se alterar o Governo a nível nacional”.

Sobre a nova loja, salientou que emprega 190 pessoas e foi “um investimento ultraoportuno”, porque a reabertura acontece “com a fase de retoma económica”.

“É importante neste momento acolhermos um investimento produtivo e esta loja vem de encontro aos objetivos do Governo, que é as empresas retomarem a sua atividade com dinâmica, o mercado funcionar e existir oportunidades de empregabilidade para as novas gerações”, argumentou.

Miguel Albuquerque concluiu que “tudo o que seja investimento consistente e que leva à criação de postos de trabalho na Madeira é bem vindo”.

A loja representou um investimento na ordem dos 22 milhões de euros.