A Pastoral dos Ciganos em Portugal considera que o Papa, no encontro que teve em setembro com a comunidade cigana na Eslováquia, mostrou que “não se pode proclamar como cristão e católico” quem opta por “discursos de ódio e discriminação”

No editorial do número do outubro do boletim Caravana, da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos (ONPC), agora divulgado, o diretor executivo deste órgão, Francisco Monteiro, sublinha a “ousadia” do Papa Francisco, quando em 14 de setembro, no âmbito da viagem apostólica à Eslováquia, “num bairro (…) onde, com assinaláveis exceções, ninguém queria entrar, (…) foi visitar ciganos ignorados pela sociedade”.

“O Papa Francisco foi assim dar exemplo ‘urbi et orbi’, do que é ser cristão: inclusivo e não exclusivo; de que não se pode proclamar como cristão e católico quem opta, tantas vezes publicamente, por discursos de ódio e de discriminação”, escreve Francisco Monteiro.

Segundo este responsável, também não se pode proclamar como cristão e católico quem opta “com o seu voto, ou com as suas atitudes, ou com as suas teorias, por excluir alguém, ou ignorar alguém, ou categorizar alguém que já está nas margens da sociedade, como a excluir da sociedade, a não ser ajudado, a não ser apoiado nos seus esforços pela dignidade à qual, como o cristianismo ensina, todos sem exceção têm direito”.

Na ocasião, o Papa Francisco sublinhou que, “na Igreja, ninguém se deve sentir estranho nem marginalizado”.

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