O preço da eletricidade no mercado grossista (“pool”) subiu novamente esta sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, para 231,82 euros por megawatt hora (MWh), o segundo mais alto desde que há registos e mais 7,5% que na quinta-feira.

De acordo com informação da página do OMIE, operador de mercado elétrico designado para a gestão do mercado diário e intradiário de eletricidade na Península Ibérica, o preço máximo alcançado esta sexta-feira foi de 265,00 euros/MWh e o mínimo de 201,06 euros/MWh, tendo sido transacionados 136 GWh de energia, a um preço médio de 231,82 euros por MWh.

Com esta nova subida, o preço da eletricidade de hoje (terceira sexta-feira do mês) excede pela oitava vez a barreira dos 200 euros/MWh, todos registados em outubro, e é o quintuplo do valor registado no “pool” na terceira sexta-feira de outubro do ano passado (43,33 euros).

Assim, durante a primeira quinzena de outubro, o preço do mercado grossista atingiu em média 202,8 euros/MWh, ou seja, o mês mais caro da história.

Os preços da energia no mercado grossista têm um impacto direto na tarifa regulada e servem de referência para os que contratam o seu fornecimento no mercado livre, e já levou este ano a duas subidas intercalares do preço da eletricidade no mercado regulado, a última em 1 de outubro.

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ERSE divulga esta sexta-feira tarifas da luz para famílias no mercado regulado em 2022

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) entrega esta sexta-feira a proposta de revisão tarifária da eletricidade, para famílias no mercado regulado, com os preços que vão vigorar no próximo ano.

Antes ainda de ser conhecida a proposta tarifária, o Governo decidiu antecipar as suas propostas para conter “alguma preocupação por parte dos cidadãos comuns e também dos senhores empresários”, garantindo que não haverá aumento de preço da eletricidade para os consumidores domésticos do mercado regulado em 2022.

A escalada dos preços que afeta grande parte da Europa deve-se, entre outros fatores, ao aumento do custo do gás nos mercados internacionais, que é utilizado em centrais elétricas de ciclo combinado, e ao aumento do preço dos direitos de emissão de dióxido de carbono (CO2).