A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou esta sexta-feira ter assinado acordos com proprietários de terrenos no Alentejo, num global de 630 mil euros, para mitigar e compensar impactes ambientais da construção da linha ferroviária entre Évora e Elvas.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a IP revelou terem sido assinados estes protocolos de colaboração com os proprietários de terrenos nas Zonas de Proteção Especial (ZPE) da avifauna de Vila Fernando e Torre da Bolsa (Elvas) e de Veiros (Estremoz).

Os acordos visam “a implementação das Medidas Compensatórias no âmbito do processo de Avaliação de Impacte Ambiental da Nova Ligação Ferroviária entre Évora e Elvas“, pode ler-se no comunicado.

Segundo a empresa, os protocolos “dão cumprimento a uma das principais medidas da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do projeto desta nova ligação ferroviária”.

“E visam a mitigação e compensação dos impactes ambientais gerados pela construção desta infraestrutura nas Zonas de Proteção Especial de Vila Fernando, Veiros e Torre da Bolsa”, através de medidas que evolvem um “valor aproximado de 630 mil euros”, precisou a IP.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Estes protocolos resultam do Plano de Gestão Ambiental das Medidas de Compensação do projeto, no âmbito do qual foram identificados e selecionados os proprietários dos terrenos em outras ZPE do nordeste alentejano.

Estes terrenos abrangem “um total de 470 hectares”, para a implementação “das medidas de gestão de habitat de aves estepárias”, mais precisamente a abetarda e o sisão.

Ainda no âmbito deste plano, está prevista a monitorização e avaliação da eficácia da implementação das medidas”, acrescentou a IP.

A nova linha ferroviária entre Évora e Elvas, integrada no futuro Corredor Internacional Sul, está integralmente em fase de obra, depois de, em julho, a Infraestruturas de Portugal ter anunciado o início da empreitada de construção do último subtroço, do de Évora – Évora Norte.

Estão em fase de obra os quatro troços que vão integrar o Corredor Internacional Sul, entre Sines e a fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), no âmbito do Programa de Investimentos na Expansão e Modernização da Rede Ferroviária Nacional “Ferrovia 2020”.

O projeto pretende reduzir o tempo de trajeto, em consequência da utilização de comboios de tração elétrica entre Sines e Caia, e “aumentar a eficiência e atratividade” do transporte ferroviário de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento.