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Salah é um faraó que finta três numa cabine telefónica para depois marcar. E assim, o Liverpool vai continuar a golear

Este artigo tem mais de 2 anos

Salah assistiu Mané para abrir a goleada do Liverpool com o Watford, procurou marcar várias vezes mas só o fez no tempo certo: fintou três, deixou mais dois no chão e fez levantar um estádio (0-5).

Watford v Liverpool - Premier League
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O avançado egípcio assistiu Mané para o primeiro golo e marcou o penúltimo

Getty Images

O avançado egípcio assistiu Mané para o primeiro golo e marcou o penúltimo

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Claudio Ranieri começou a carreira em 1986, quando a larga maioria dos jogadores que hoje em dia são profissionais ainda nem sequer eram nascidos. Teve o primeiro grande desafio no Nápoles, emigrou para orientar o Valencia, estreou-se na Premier League no Chelsea, voltou a Itália para passar pela Juventus, pela Roma e pelo Inter Milão, passou pela única experiência enquanto selecionador na Grécia e viveu a página mais bonita da carreira em 2016, quando foi campeão inglês com o Leicester. Este sábado, Ranieri voltava a reencarnar e estreava-se pelo Watford, a 19.ª equipa que treinava.

“Nunca desisto, continuo no meu caminho. Tenho uma personalidade forte, ainda sou jovem e quero continuar. Sou muito aborrecido se não continuar no futebol. Adoro o futebol, adoro a vida, porque não aceitar outro trabalho? Até podia ter já 70 anos, talvez até 80, ser o treinador mais velho de Inglaterra, andar de bengala. Porque não? O cérebro é que é importante e o meu cérebro é muito jovem”, explicou o treinador italiano, que completa 70 anos na próxima quarta-feira e que foi contratado para substituir Xisco Muñoz, que amealhou sete pontos em sete jornadas.

Na Premier League, Claudio Ranieri ficou principalmente conhecido pela forma como recompensava os jogadores do Leicester sempre que alcançavam um bom resultado na história temporada em que foram campeões — oferecia pizza a todo o plantel. No jogo de estreia pelo Watford, em casa mas contra o Liverpool, o técnico garantiu que o primeiro grande objetivo era não sofrer golos. E que, se isso acontecesse, oferecia um jantar bem mais composto do que apenas pizza.

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Do outro lado, o Liverpool voltava à competição depois da pausa para as seleções e antes da visita ao Atl. Madrid, na próxima terça-feira, para a Liga dos Campeões. Trent Alexander-Arnold voltava à equipa depois de lesão e era titular na direita da defesa, Keita, Henderson e Milner formavam o meio-campo e Diogo Jota, que foi dispensado da Seleção Nacional por estar lesionado, aparecia no banco de suplentes. Na baliza, o titular era Caoimhín Kelleher, já que Alisson ainda está com a seleção brasileira. No Watford, o ex-Tottenham Danny Rose aparecia enquanto terceiro central, João Pedro e Ozan Tufan eram suplentes e o avançado Joshua King, lesionado, era a principal baixa.

Salah assustou logo nos instantes iniciais, com um remate ao poste num lance que acabou por ser anulado por fora de jogo (1′), e a verdade é que a promessa de Claudio Ranieri durou menos de 10 minutos. Depois de uma reposição de bola do guarda-redes que o Watford não conseguiu reter, Salah ganhou a posse na direita e tirou um extraordinário passe de trivela para o corredor central, onde Mané apareceu isolado a rematar para inaugurar o marcador e chegar ao 100.º golo na Premier League (8′). O avançado egípcio, que está a atravessar um grande momento de forma, ia sendo uma autêntica dor de cabeça para a defesa adversária e desmontava sozinho as marcações preparadas por Ranieri. Salah esteve perto de marcar em duas ocasiões (13′ e 19′), permitindo duas defesas importantes de Ben Foster, e o Liverpool ia anulando por completo o Watford.

A equipa da casa chegou pela primeira vez à grande área contrária já para lá dos 25 minutos, quando Hernández ficou na cara de Kelleher depois de um contra-ataque e acabou por ser Alexander-Arnold a evitar o remate (26′). O Watford atuava com as linhas muito próximas e recuadas, nunca estendia a equipa nem alongava as transições e só conseguia mesmo avançar através de passes longos. Até ao intervalo, o Liverpool ainda aumentou a vantagem: mais uma jogada rápida, Mané abriu na esquerda em Milner e o médio cruzou já na linha de fundo, com Roberto Firmino a aparecer sozinho na pequena área a encostar para a baliza deserta (37′). Tudo simples, enorme passividade da defesa do Watford e a equipa de Jürgen Klopp a vencer tranquilamente no final da primeira parte sem ter permitido qualquer remate enquadrado.

Ao intervalo, Claudio Ranieri tirou Adam Masina e lançou Tom Cleverley, desistindo do sistema de três centrais com que havia iniciado a partida e corrigindo a equipa para um 4x3x3 que lhe é mais natural. Nos primeiros minutos da segundo parte, Salah voltou a testar a atenção de Ben Foster, com um remate em jeito que o guarda-redes veterano afastou (49′), e o Liverpool pouco ou nada demorou a dilatar a vantagem. Numa nova transição rápida, Robertson cruzou a partir da esquerda, Cathcart fez o corte para evitar a finalização de Salah e Foster teve de defender para a frente para não permitir o autogolo, com Firmino a aparecer para fazer a simples recarga (52′). O momento do jogo, contudo, estava guardado para dois minutos depois.

Num lance de insistência na área do Watford, Firmino assistiu Salah e o egípcio fez o resto: tirou três defesas da frente com dois toques na bola e num espaço para lá de reduzido, seguiu para a linha de fundo, puxou para dentro para desenquadrar mais dois adversários e atirou em arco, de pé esquerdo, sem qualquer hipótese para Ben Foster (54′). Mais do que um golo extraordinário, foi o oitavo jogo consecutivo em que Salah marcou em todas as competições, confirmando cada vez o momento muito positivo que está a atravessar.

Confirmada a goleada, Klopp começou a pensar na visita ao Atl. Madrid a meio da semana e tirou Robertson e Alexander-Arnold para lançar Tsimikas e Oxlade-Chamberlain, passando Milner para lateral direito. Mané ainda teve uma enorme oportunidade para marcar mas atirou ao lado (71′), Hernández também falhou o alvo na melhor ocasião do Watford em todo o jogo (73′) e o resultado ficou fechado já nos descontos, com Firmino a carimbar o hat-trick com mais um golo em que só preciso de encostar depois de um cruzamento de Neco Williams (90+1′).

O Liverpool goleou longe de Anfield na antecâmara da visita ao Atl. Madrid e saltou provisoriamente para a liderança da Premier League, ficando agora à espera de saber o que faz o Chelsea contra o Brentford ainda este sábado para perceber se regressa à segunda posição. Salah voltou a marcar, já leva nove golos esta temporada, é o melhor marcador da liga inglesa e parece ter voltado aos melhores dias com a camisola do Liverpool — algo que será crucial para que a equipa de Jürgen Klopp atinja os seus objetivos.

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