A cotação da bitcoin atingiu esta quarta-feira um novo recorde acima de 66 mil dólares, ou 56.600 euros, superando os máximos de abril e mais que duplicando o valor a que caiu no verão. Em julho, a cotação chegou a baixar dos 30 mil dólares mas recuperou nas últimas semanas e volta agora a fixar máximos históricos, um dia depois de ter estreado na bolsa de Nova Iorque o primeiro ETF indexado (parcialmente) à criptomoeda.

A SEC, o regulador do mercado financeiro norte-americano, permitiu esta semana que seja negociado o primeiro ETF indexado à Bitcoin e outras criptomoedas – o que pode ser o primeiro de muitos. Estes são instrumentos conhecidos como exchange traded funds que, por regra, replicam o desempenho de índices bolsistas ou preços de matérias-primas, dando aos investidores um acesso barato, simples e diversificado a um determinado mercado.

Também nos últimos dias, a criptomoeda voltou a ser negociada acima de 60 mil dólares depois de o Presidente russo Vladimir Putin dizer que as criptomoedas têm “valor”, assinalando, porém, que é “demasiado cedo” para dizer se poderá um dia ser uma alternativa ao dólar norte-americano na negociação do petróleo, entre outros produtos e matérias-primas transacionados a nível global.

Bitcoin volta a superar 60 mil dólares, pela primeira vez desde os recordes de abril

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Este otimismo no mercado das criptomoedas contrasta com o impacto que teve, há menos de um mês, o alerta feito pelas autoridades da China de que estas irão fazer uma fiscalização apertada contra as atividades com criptomoedas, como a Bitcoin, lembrando que estas são “ilegais” no país.

O aviso foi emitido pelo chamado Conselho de Estado da República Popular da China, sendo subscrito por 10 agências governamentais chinesas que garantiram que será exercida “pressão elevada” sobre as transações em criptomoedas, por parte de cidadãos chineses. A crescente utilização que é feita na China, em parte para contornar controlos de capitais, terá sido, nos últimos anos, uma das razões pelas quais o valor destes criptoativos subiu em flecha.

China diz que todas as operações com criptomoedas são “ilegais” e promete “pressão elevada” sobre quem as negoceia