Foi arquivado o escrutínio do Hospital da Cruz Vermelha, que fez cair o primeiro coordenador da task force, mas ainda há mais de 100 inquéritos em investigação por parte da Polícia Judiciária (PJ). São casos de vacinação irregular que remontam à primeira fase do processo de inoculação da população portuguesa, que tinha regras (incluindo grupos prioritários) que foram ignoradas em várias situações.

Segundo o Jornal de Notícias, a PJ ainda está a realizar diligências e a ouvir testemunhas e arguidos em várias zonas do país, suspeitando de crimes de abuso de poder mas, também, peculato e recebimento indevido de vantagem. Ainda está sob investigação, por exemplo, o caso mediático da vacinação de funcionários de uma padaria à frente do INEM do Porto e, também, de responsáveis autárquicos no Centro de Vacinação do Cerco do Porto, onde foram vacinadas pessoas que não estavam na lista de cidadãos prioritários.

O jornal acrescenta que a maioria das 169 situações suspeitas detetadas pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) foram comunicadas ao Ministério Público – e um grande número destas levaram a acusações formais. Outras, como as do caso que levou à saída de Francisco Ramos, que viria a ser substituído pelo vice-almirante Gouveia e Melo, foram arquivadas.

“Termina assim um caso que se lamenta profundamente e que perturbou a imagem e a reputação do Hospital Cruz Vermelha”, reconheceu na terça-feira o hospital que tem Francisco Ramos na administração, em comunicado.

Arquivado inquérito que levou à saída de Francisco Ramos da task-force da vacinação

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