Portugal tinha, na passada segunda-feira, 223 surtos ativos de Covid-19 e, destes, 115 eram em estabelecimentos de ensino, avançou a Direção Geral da Saúde, contactada pelo Observador. Em termos percentuais, as escolas representam 51,5% dos surtos ativos do país, ou seja, mais de metade.

Estes surtos correspondem a 992 infeções de alunos, profissionais e coabitantes dos mesmos, parte dos quais já estarão recuperados, segundo a resposta enviada ao Observador. “Estes dados contrastam drasticamente com o máximo de surtos ativos registado em fevereiro de 2021, quando chegaram a existir em Portugal continental 921 surtos ativos”, refere a DGS na sua nota.

Para além dos estabelecimentos de ensino — escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais — havia a 18 de outubro (os dados mais recentes disponibilizados) 42 surtos em lares de idosos. Em resultado desses surtos, existiam 1.112 casos positivos “parte dos quais já estarão também recuperados”. Em fevereiro passado, Portugal registou o maior número de surtos ativos em lares de idosos, 405, o que correspondia a cerca de 12 mil infetados.

Há ainda 5 surtos em instituições de saúde, com 60 casos confirmados.

Os números divulgados pela DGS dizem apenas respeito a surtos ativos no continente, não incluindo Açores e Madeira. Por regiões, a mais afetada era Lisboa e Vale do Tejo (116), seguindo-se a região Norte (48), Centro (27), Alentejo (20) e Algarve (12).

Um surto ativo é constituído por dois ou mais casos com ligação epidemiológica entre si. Só após 28 dias do diagnóstico do último caso confirmado pode um surto ser dado como encerrado.

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