É a primeira reação de Paulo Rangel ao anúncio de recandidatura de Rui Rio. Em Bruxelas, à margem da cimeira do Partido Popular Europeu (PPE) que vai preparar o debate do Conselho Europeu sobre energia e combustíveis, o eurodeputado e vice-presidente daquela família política não deixou de saudar o avanço de Rui Rio. “É muito positivo. Para o PSD e o para o país, é importante que haja alternativas democráticas”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas, Rangel respondeu indiretamente a Rui Rio, que, na véspera, tinha sugerido a vantagem teórica do adversário no aparelho PSD “não vale nada” e que a maioria dos militantes saberá de votar de forma livre e sobrepor-se à minoria seguidista. O eurodeputado respondeu na mesma moeda: não há militantes de primeira, nem de segunda; todos são livres.

“Os militantes do PSD, que são militantes livres, agora em liberdade tem pelo menos duas alternativas para escolher. Saúdo muito passo. Há uma coisa em que eu acredito: Todos os militantes do PSD são livres. Eles vão escolher entre dois projetos, duas equipas, dois perfis. Acredito que os militantes vão escolher de forma livre. Saúdo [a recandidatura de Rio] com alegria democrática.”

Rangel não resistiu ainda em deixar nova bicada a Rui Rio. Desafiado a comentar a ausência do líder social-democrata naquela cimeira, o eurodeputado preferiu não comentar diretamente, dizendo apenas que, no seu entender, “estar no centro das discussões europeias é fundamental” e que, não estando, “o PSD está sempre a perder”.

O agora candidato à liderança do PSD falou ainda sobre o aumento dos preços da energia e dos combustíveis, cuja escalada considerou “altamente preocupante”. Rangel defendeu que se o Governo nada fizer terá de enfrentar “o inverno do seu congelamento’ e desafiou António Costa a reduzir “transitoriamente” o Imposto Sobre Produtos Petróliferos (ISP) “até à crise da energia e dos combustíveis passar”. “O Governo tem instrumentos para moderar os custos das energias e não está a querer usá-los”, rematou Rangel.

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