Sem perder em casa para a I Liga há 31 jogos, o Sporting de Rúben Amorim continua na boa senda caseira de jogos, mas o técnico dos leões admitiu após o encontro que “não foi o melhor jogo” da sua equipa. Disse que era “uma questão de hábito” os jogadores habituarem-se às partidas pós-Champions e que a vitória era justa.

“É uma questão de hábito vir de jogos europeus e depois jogar contra treinadores que sabem preparar bem o jogo. Não entrámos bem, eles também podiam ter feito golo numa grande defesa do Adán, e depois fizemos o golo. Tivemos algumas oportunidades, mas não foi o melhor jogo da nossa equipa”, começou por dizer Amorim na flash interview à Sport TV, elogiando um Moreirense “bem preparado, com vários jogadores na transição e um corredor esquerdo muito forte”. “Mas depois fomos equilibrando e tivemos várias oportunidades. Entrámos melhor na segunda parte e  fechámos ali o jogo. O 1-0 é sempre perigoso, mas acaba por ser justo”, continuou.

O Comandante voltou a subir bem alto, para a tripulação controlar no chão (a crónica do Sporting-Moreirense)

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Explicando porque é que não considerava o jogo desta noite o mais conseguido, disse que o Sporting deixou o adversário “fazer várias transições, que nem foram assim tão rápidas, mas foi até em jogo ligado”. “Somos melhores que isso… Temos tido a capacidade nos jogos em casa de manter o jogo no meio-campo adversário, mas houve aqui ou ali alguma desconcentração, o que para mim é normal quando há jogos a meio da semana. É uma questão de hábito e eles vão apanhar rápido”, garantiu.

Sobre o facto de ter deixado Matheus Nunes no banco — jogou Daniel Bragança ao lado de Palhinha -, disse que “apesar deste jogo ser o mais importante”, tem de “haver uma gestão” porque o Sporting quer “ganhar tudo”. “E se não fizermos esta gestão e arriscarmos um pouco podemos não conseguir chegar a todo o lado. Portanto, o Matheus ficou de fora porque o Dani [Bragança] tem vindo a mostrar que está muito bem. O Coates tem aquele problema no joelho e em princípio vai ter que descansar a meio da semana. Preferi tirar o Feddal para não saírem muitos ao mesmo tempo. Vou equilibrando para ser justo com toda a gente”, frisou.

Sobre a questão Paulinho, que tem pecado na finalização, mas foi ovacionado ao sair, o técnico voltou a ser pragmático dizendo que é “um jogador do Sporting” e que é o “menos satisfeito pelos golos que falha”. “Penso que os adeptos levaram à regra que quem dá tudo pela camisola os deixa contentes. Agora é voltar ao treino, recuperar e treinar que isto muda de um dia para o outro”, rematou. Já Coates mereceu o adjetivo “decisivo”, não só por ter feito golo e ser “forte nas bolas paradas”, mas pela “forma como joga, como melhorou com bola e como comanda a equipa”.