O PSD/Madeira criticou esta segunda-feira o Governo da República por ter falhado com a região em matéria de mobilidade, lembrando que continua por cumprir a promessa da ligação marítima entre o arquipélago e o continente, feita há 26 meses.

“Temos um Governo da República que falha, a todos os níveis, no que à mobilidade respeita e um Governo que, sem fazer qualquer sentido, continua de propósito a não regulamentar aquela que foi uma decisão da Assembleia da República para não facilitar a vida dos madeirenses e porto-santenses no que toca ao subsídio de mobilidade”, declarou o parlamentar social-democrata na Assembleia da República Paulo Neves.

Numa iniciativa partidária no Funchal, o deputado apontou que “já se passaram 26 meses desde esta promessa e, como se vê, não há ferry nem todo o ano, nem metade do ano, nem sequer nos três meses de verão”.

O deputado considerou que isto significa “falar de 26 meses em que o PS continua a abandonar a Madeira, 26 meses em que o PS não cumpre com a lei nacional, não é solidário com os madeirenses e não cumpre com a sua palavra”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Falando sobre as promessas por cumprir do Governo da República, destacou “o reiterado esquecimento do PS de António Costa face aos compromissos que, na área da mobilidade, tem vindo a assumir para com a região”.

O deputado argumentou que “estão em causa princípios constitucionais que são ignorados”.

“Os deputados eleitos pelo PSD/Madeira à Assembleia da República vão continuar a insistir para que o primeiro-ministro cumpra com a sua palavra e vamos também reiterar a necessidade de a Constituição Portuguesa ser respeitada”, nomeadamente no que concerne ao cumprimento do princípio da continuidade territorial, enfatizou.

No seu entender, “26 meses teria sido tempo suficiente não só para garantir o ferry e para encontrar soluções que pecam por tardias e, tal como espelha o Orçamento do Estado ora em avaliação, continuam votadas ao esquecimento”.

Mas se aqui no Funchal olhamos e não vemos nada no que respeita ao ferry, também no inverno, se chegarmos ao Aeroporto do Porto Santo, também não iremos ver aviões da TAP”, ironizou.

Para Paulo Neves, é uma “vergonha nacional a população do Porto Santo ficar privada das ligações da TAP, uma companhia que é paga por todos os portugueses” e acaba por abandonar uma das parcelas do território que enfrenta o problema da dupla insularidade.

O parlamentar sublinhou que esta é uma “decisão inaceitável que o PSD/Madeira tem vindo a rebater, desde a primeira hora, no parlamento nacional”.