O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro ratificou esta terça-feira mudanças na lei de improbidade administrativa do país cuja aplicação agora exigirá a comprovação de intenção (dolo) dos agentes públicos processados por cometerem crimes.

A ratificação presidencial foi publicada esta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU).

No Brasil, a lei da improbidade administrativa foi criada para punir funcionários que atentem contra os princípios da administração pública, que promovam prejuízos aos cofres públicos ou que enriqueçam ilicitamente valendo-se do cargo público que ocupam.

Entre as principais alterações da lei, agora em vigor, está a exigência de comprovação da intenção de dolo, ou seja, da intenção de cometer irregularidades para condenar funcionários investigados.

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O novo texto também determinou que só existirá ação por improbidade contra funcionários públicos se houver dano efetivo ao património público.

A versão anterior da legislação de improbidade permitia a condenação de agentes públicos que lesassem os cofres públicos por omissões ou atos sem intenção de cometer crime.

O texto da nova lei recebeu críticas de especialistas que destacaram uma flexibilização da punição em casos de corrupção.

O Presidente Jair Bolsonaro, eleito num momento em que o Brasil vivia uma tempestade política devido a sucessivos escândalos de corrupção, assinou o texto sem vetos.