O ciclista espanhol Alejandro Valverde, de 41 anos, assumiu esta quarta-feira que a temporada de 2022 será a sua última no pelotão, considerando que não faz sentido “prolongar mais” o seu percurso profissional.

Digo-o com 100% de segurança: a próxima época vai ser a minha última como ciclista. Já chega. Ainda que eu esteja bem, não tem sentido prolongar mais a carreira “, declarou o veterano líder da Movistar, em entrevista à Radiogaceta de los deportes.

Figura incontornável do ciclismo mundial nas últimas duas décadas, o murciano confessou preferir retirar-se “estando a um bom nível”. “E já terei 42 anos, que mais posso querer? Vinte e uma temporadas como profissional é muito bom“, completou.

Apesar da idade, Valverde acredita que pode estar na luta pelas maiores corridas na próxima época, embora reconheça que “ganhar será difícil”, indicando que não estará na Volta a França e sim na Volta a Espanha, não excluindo também a presença no Giro e nas clássicas.

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Profissional desde 2002, o murciano tem 130 vitórias no seu palmarés, incluindo o título de campeão do mundo de fundo (2018) e o triunfo final na Vuelta de 2009.

O colega de equipa do português Nelson Oliveira foi ainda segundo classificado na Vuelta em 2019, 2012 e 2006 e terceiro em 2014, 2013 e 2003, terceiro no Tour2015 e no Giro2016, além de líder final do ranking UCI em 2018, 2015, 2014, 2008 e 2006, e vencedor de cinco Flèche Wallone e quatro Liège-Bastogne-Liège.

Vou desfrutar de cada corrida como se fosse a última da minha carreira profissional. Se vencer, tanto melhor. Sobretudo, quero aproveitar“, acrescentou o corredor, que adiou sucessivamente a sua despedida para participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e, no início deste ano, já tinha admitido que 2021 seria a sua última temporada no pelotão.

“Bala” riu-se quando foi questionado sobre aquilo que vai fazer em 2023, mas acabou por recordar que tem “mais dois anos de contrato com a equipa”, e que tentará ajudar a Movistar e “ensinar algo aos jovens”.