O indicador do Instituto Nacional de Estatística (INE) que mede a evolução do clima económico aumentou em outubro, atingindo o nível registado em fevereiro de 2020, revelou esta quinta-feira o organismo. Por outro lado, a confiança dos consumidores baixou após dois meses a subir.

Em nota divulgada esta quinta-feira, o INE revelou que o seu indicador de clima económico subiu para 2,4 pontos, regressando ao nível registado no mês imediatamente anterior ao início da pandemia (fevereiro de 2020). Em junho este indicador já tinha superado os 2 pontos (2,2), mas tinha perdido alguma força nos últimos meses. Ainda assim, esta leitura está num nível positivo desde abril.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Já o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em outubro, após ter aumentado nos dois meses anteriores. Segundo o INE, o índice piorou para -11 pontos em outubro, depois de ter melhorado no mês anterior para -9,9 pontos face aos -11,9 pontos de agosto. Em julho estava ainda mais negativo: -17 pontos, mas este é um indicador que esteve abaixo dos -25 pontos no início do ano.

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A evolução do último mês resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução passada e futura da situação  financeira do agregado familiar e das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país. Por outro lado, as perspetivas relativas à evolução futura da realização de compras importantes contribuíram positivamente”, diz o INE.

Como acha que vão evoluir as finanças da sua família ao longo de 2019? Irão melhorar muito? Melhorar pouco? Ou receia que irão piorar (ou piorar muito)? Outra questão: acredita que vai conseguir colocar mais dinheiro de lado ou está convencido de que será muito difícil poupar mais? E na economia nacional, apostaria que os próximos 12 meses serão de aceleração da retoma ou considera mais provável que a conjuntura possa piorar? Estas são algumas das perguntas feitas neste inquérito do INE.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Esta leitura sobre a confiança do consumidor não é indicativa de níveis absolutos de bem-estar mas, sim, de uma apreciação qualitativa face à tendência de determinada situação. Isto significa que não se pode dizer que as pessoas estão a ver a economia, no geral, pior do que viam nos meses anteriores (em economês, o stock) mas, sim, que nos meses em causa era mais ou menos predominante a opinião de que as coisas iriam melhorar face à situação que existia naquele momento (o fluxo, ou seja, a variação).

Sentimento económico sobe na UE com novos máximos

O indicador do sentimento económico avançou em outubro na zona euro e na União Europeia (UE) face ao mês anterior, e o das expectativas de emprego registou novos máximos, divulgou a Comissão Europeia.

Segundo dados da Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, o sentimento económico cresceu 0,8 pontos, para os 118,6, na zona euro e 1 ponto, para os 117,6 na UE.

O indicador das expectativas de emprego, por seu lado, aumentou 1,1 pontos na zona euro, para um novo máximo de 114,5 pontos desde maio de 2018, e 1,2 pontos na UE, para os 118,6, um novo máximo desde fevereiro de 2018.

Entre as maiores economias da UE, o sentimento económico avançou em Espanha (2,5 pontos), França (2,1), Itália (1,8), Polónia (1,5) e Países Baixos (1,4), tendo recuado ligeiramente na Alemanha (-0,5 pontos).