A Apple dececionou os investidores com os resultados que apresentou na quinta-feira, após o fecho da sessão nova-iorquina, algo que acontece muito raramente – a última vez que a fabricante dos iPhone não correspondeu às expectativas dos analistas foi em 2016, há cinco anos. A crise dos chips está a penalizar a produção e as vendas da empresa, um impacto que a Apple contabiliza em seis mil milhões de dólares e que, reconhece, não vai ser resolvido no futuro próximo.
As ações da Apple estiveram a cair mais de 5% no pós-mercado, perdendo nesta altura 3,7% a poucas horas de a negociação bolsista começar em Nova Iorque.
Neste trimestre que terminou a 25 de setembro, a Apple faturou 83,4 mil milhões de dólares, menos do que os 84,85 mil milhões que eram a expectativa média entre os analistas de Wall Street. No que diz respeito aos lucros, esses foram mais alinhados com as expectativas – 1,24 dólares por ação.
Após a divulgação dos resultados, o presidente-executivo Tim Cook indicou que as estimativas da Apple é que a crise dos semicondutores (chips) custou à empresa seis mil milhões de dólares [nas receitas], juntando também aqui algumas perturbações no trabalho de unidades de produção na Ásia, relacionadas com surtos de Covid-19.
Apesar destas dificuldades, as vendas do principal produto da Apple – o iPhone – ascenderam a 38,69 mil milhões de dólares no trimestre, o que traduz uma subida de 47% em relação ao período homólogo. Ainda assim, os analistas estavam à espera de ainda mais: 41,7 mil milhões.