O boletim periódico de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi reformulado e deixou de mostrar a evolução das metas acordadas com Bruxelas para viabilizar os desembolsos. Mas, citada pelo jornal Eco, a estrutura de missão nomeada pelo Governo para gerir este processo garante que, apesar disso, nada mudou e os progressos continuam a ser feitos.

A estrutura de missão “recuperar Portugal”, liderada por Fernando Alfaiate, explica que essa informação deixou de ser mostrada devido à complexidade desta questão. Não é fácil dizer exatamente quando é que se considera um marco ou uma meta cumprida, argumenta a estrutura de missão, defendendo que “a avaliação dos marcos e metas não é compatível com reportes semanais, sob pena de se perder rigor“.

Mas era exatamente isso que se fazia até agora. Na atualização publicada a 15 de setembro, o documento ainda tinha a referência aos “marcos” e “metas”, indicando quão próximos estavam de ser cumpridos com vista aos desembolsos seguintes da chamada “bazuca europeia”.

Informação de 15 de setembro

Na última edição, publicada a 13 de outubro, houve um redesenho gráfico do documento e esse ponto deixou de existir. Se Portugal falhar no cumprimento dos objetivos, o próximo desembolso do PRR pode ficar em causa, mas o Governo garante “os marcos e metas estão a ser cumpridos de acordo com o calendário estabelecido na contratualização com a Comissão Europeia (CE)” e, em concreto, “que está assegurado o cumprimento dos marcos e metas calendarizados para o terceiro trimestre de 2021”.

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