O Atl. Madrid vencia por 2-0, o encontro estava controlado, as condições climatéricas também pediam uma tentativa de gestão tendo em conta o jogo da Liga dos Campeões em Liverpool na próxima quarta-feira. Foi neste contexto que João Félix encontrou em campo frente ao Betis aos 71 minutos, substituindo na equipa o avançado Luis Suárez. E a aposta de Diego Simeone, a ver o jogo na bancada, teve o efeito pretendido.

Apenas nove minutos depois de ter entrado, o avançado português recebeu um passe longo nas costas da defesa da formação de Sevilha, arrancou em diagonal para a área e rematou de pé esquerdo para o 3-0 final. Numa primeira instância, o lance ainda foi anulado por fora de jogo mas o VAR reverteu a decisão, o que deixou Simeone aos saltos na bancada como se fosse um hincha e todos os companheiros de equipa a rodearem João Félix pela importância do momento que quebrou o maior jejum sem golos no clube.

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Ao todo, e olhando para todas as competições, o português esteve pouco mais de oito meses sem marcar, num total de 948 minutos em branco até superar essa barreira ao 20.º encontro. Antes, Yannick Carrasco tinha inaugurado o marcador aos 26′ e Germán Pezzella fizera o 2-0 na própria baliza aos 63′, num resultado que deixou o Atl. Madrid em quarto a dois pontos de Real Madrid, Sevilha e Real Sociedad.

De recordar que o golo de João Félix surge apenas alguns dias depois de o treinador argentino ter saído em defesa do internacional português, que é o jogador que mais faltas sofre em média por minuto. “Temos que melhorar e não entrar em desculpas pelo árbitro, nem pelo golo de penálti, nem pelo outro golo de penálti, nem pelas 200 patadas ao João Félix, nenhuma com consequência… A equipa tem de crescer e não nos podemos desculpar nem pelo penálti, nem pelas entradas ao João, nem pelos 70 cartões amarelos que recebemos”, disse o argentino após o último empate com o Levante, onde foi expulso do banco.