A Ford anunciou que vai apresentar globalmente, através do YouTube, a nova geração da Ranger no próximo dia 24 de Novembro, aproveitando para elevar ainda mais a expectativa que tem alimentado com a sua campanha de teasers, ao levantar um pouco o véu sobre o que se pode esperar, em termos de design. Segundo a marca da oval azul, a equipa de designers ouviu opiniões e sugestões de clientes como nunca antes tinha acontecido e os “milhares de ideias de proprietários de todo o mundo influenciaram o estilo da nova Ranger e ajudaram a definir muitas de suas principais características”.

Pelo que se vê na foto (muito) escura que acompanha a divulgação da data marcada para a revelação da nova Ranger, percebe-se que a frente adoptará uma estética em linha com a F-150 e a Maverick, em particular na assinatura luminosa em LED, com um “C” mais pronunciado.

Quanto ao interior, permanece o breu informativo, mas é expectável que a futura Ranger venha a estar equipada com o mesmo ecrã vertical de 15,5 polegadas que se encontra na F-150 e no Mustang Mach-E, passando simultaneamente a usufruir de um painel de instrumentos digital. E necessariamente haverá alguma evolução no que toca aos sistemas de assistência à condução, pois a marca afiança desde já que ao “visual robusto” se juntam “uma série de novos recursos que aumentam a produtividade, a capacidade e a versatilidade” da nova Ranger. Tudo isto com a necessária resistência que é tipicamente exigida a um veículo de trabalho, razão pela qual os protótipos foram testados nas mais duras condições – inclusivamente mais de 10.000 km no deserto com temperaturas acima de 50ºC, num teste que a marca diz corresponder a 625.000 km a transportar a carga máxima ou 1.250.000 km de utilização convencional. As promessas não ficam por aqui, pois da nova Ranger espera-se igualmente “mais conforto e requinte do que nunca”, afirma a Ford.

No que respeita ao compêndio mecânico, nem uma palavra. Mas tudo indica que a principal novidade residirá na introdução de uma versão híbrida plug-in, a combinar um bloco a gasolina de 2,3 litros sobrealimentado com um motor eléctrico para entregar 270 kW de potência (367 cv) e 680 Nm de binário. Teremos que aguardar mais uns dias (ou novos teasers), para mais detalhes técnicos. O certo mesmo é que os genes da nova Ranger vão condicionar a identidade da futura Amarok, no âmbito do acordo que Ford e VW celebraram para o desenvolvimento de veículos comerciais. A marca germânica tem procurado transmitir a ideia de que a nova Amarok será suficientemente diferente, mas a realidade é que os rumores sugerem que até as motorizações serão as mesmas. E atendendo a que foi a Ford a projectar a plataforma, fará mais sentido que o tenha feito a pensar no seu V6 do que no 3.0 TDI de 258 cv da VW…

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