Um total de 26,3% dos jogadores de futebol da I e da II Liga ainda não está vacinado contra a Covid-19, segundo dados da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) divulgados na segunda-feira.

Isto significa que cerca de um em cada quatro dos futebolistas, na totalidade de 34 clubes, ainda não está vacinado. Uma parte dos atletas ainda aguarda pela indicação da Direção-Geral da Saúde para receber a vacina, dado terem recuperado da doença há menos de seis meses.

Numa visão holística, 58,8% dos agentes desportivos (atletas, treinadores ou dirigentes) dos dois escalões aderiram ao processo durante este ano, contribuindo para uma menor incidência de pessoas dos clubes com testes positivos e de surtos em plena competição.

Os clubes inscritos nas provas europeias foram os primeiros a ter os atletas inoculados, numa ação em que a LPFP também procurou sensibilizar as gerações jovens através do futebol, operacionalizando uma campanha denominada “Tu estás em jogo: vacina-te!”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Por seu turno, a Federação de Andebol de Portugal informou que 98,7% dos atletas nas ligas masculina e feminina estão vacinados contra a Covid-19. No basquetebol, a média de jogadores inoculados ronda os 91%, enquanto a Federação Portuguesa de Voleibol só tem conhecimento de um atleta não vacinado.

Desde o início da época desportiva nos dois escalões, a Liga só foi obrigada a adiar um jogo, que opunha a Académica ao Estrela da Amadora, por causa da Covid-19.

Os futebolistas que não se vacinaram são obrigados a fazer um teste PCR antes de cada jogo. Os médicos de cada clube, tal como em 2020/21, têm de passar um atestado de aptidão de todos os elementos que vão marcar presença na ficha de jogo, indicando se estes estão vacinados, recuperaram da infeção nos 180 dias anteriores ou testaram negativo.

A vacinação como conselho em vez de dever no âmbito no desporto foi normalizada a partir dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, seguindo a recomendação do Comité Olímpico Internacional, que firmou um memorando de entendimento com os laboratórios Pfizer e BioNTech para fornecer vacinas aos atletas e membros das delegações participantes.

A Missão portuguesa levou 92 praticantes à capital do Japão, entre 23 de julho a 8 de agosto, mas vacinou com antecedência 121 – dois recusaram –, incluindo aqueles que viajaram na qualidade de parceiros de treino e todos os potenciais selecionados, numa fase da preparação em que a comitiva não estava fechada e havia prazos para cumprir.

Se o Comité Olímpico de Portugal teve 248 pessoas inoculadas, incluindo praticantes, oficiais e árbitros, a Missão paralímpica contabilizou dois árbitros, 41 oficiais e 45 atletas, dos quais 33 marcaram presença em Tóquio2020, de 24 de agosto a 5 de setembro.