O grupo Lufthansa, resgatado pelo Estado alemão, teve um prejuízo de 1.877 milhões de euros até setembro, 66% menos em termos homólogos e após o forte aumento dos voos no verão, devido ao desempenho do transporte de cargas e à redução de custos.

A Lufthansa informou esta quarta-feira que no terceiro trimestre teve um lucro operacional (excluindo despesas de reestruturação) de 272 milhões de euros (prejuízo de 1.204 milhões de euros um ano antes), o primeiro resultado positivo desde o início da pandemia.

As reservas estão atualmente em 80% do nível pré-pandemia, depois da abertura de algumas rotas aéreas, especialmente as viagens para os Estados Unidos, acrescentou a empresa alemã.

“O relaxamento das restrições às viagens por causa da pandemia levou a um forte aumento na procura por viagens aéreas durante os meses de verão. As viagens de negócios também se recuperaram significativamente ao longo do trimestre”, revelou a Lufthansa.

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A subsidiária de carga alcançou um lucro operacional recorde no terceiro trimestre de 301 milhões de euros (169 milhões de euros no período homólogo).

A Lufthansa Cargo beneficiou da alta procura no mercado global de carga.

A subsidiária de serviços técnicos também teve um lucro operacional no terceiro trimestre de 61 milhões de euros (prejuízo de 86 milhões de euros no ano anterior) devido ao aumento da procura por serviços de manutenção à medida que o mercado aéreo recupera.

Os custos de reestruturação foram de 520 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

O grupo Lufthansa reduziu o prejuízo operacional entre janeiro e setembro para 2.123 milhões de euros, 64% abaixo do ano anterior, enquanto as receitas se mantiveram em 10.978 milhões de euros.

As receitas melhoraram no terceiro trimestre para 5.207 milhões de euros (mais 96%).

“A mudança climática é o maior desafio do nosso tempo. Comprar combustível sintético para um trimestre por 1.000 milhões de dólares nos próximos anos é o maior investimento em sustentabilidade na história do grupo Lufthansa até hoje”, disse o seu CEO, Carsten Spohr.

Spohr manifestou-se convencido de que a Lufthansa está a fazer tudo o que pode para tornar a aviação mais sustentável no futuro.

A Lufthansa avançou ainda com medidas que eliminarão custos de cerca de 2.500 milhões anuais, montante que corresponde a mais de 70% da poupança anual esperada de 3.500 milhões até 2024.

A Lufthansa espera, no mínimo, cortar o prejuízo operacional líquido pela metade em 2021, em comparação com 2020 (prejuízo operacional de quase 5.500 milhões).