O ugandês Jacob Kiplimo, campeão mundial da distância, vai marcar presença na 30.ª edição da meia maratona de Lisboa, agendada para 21 de novembro, que pretende entrar para a história com novos recordes mundiais.

A prova, organizada pelo Maratona Clube de Portugal e apresentada esta quarta-feira em Lisboa, regressa após um ano de interregno, devido à pandemia de Covid-19, e tem como atrativo prémios de 100.000 euros para os recordes mundiais feminino e masculino.

Além do ugandês, campeão mundial e detentor da segunda melhor marca da distância (57.37 minutos), marcarão presença na prova, que atravessa a Ponte 25 de Abril, 12 atletas de topo, entre os quais três com registos abaixo dos 59 minutos: Kennedy Kimutai (58.28), Kelvin Kiptum (58.42) e o Stephen Kissa (58.58).

A queda do recorde mundial masculino, fixado em 57.32 minutos pelo queniano Kibiwott Kandie na meia maratona de Valência em 2020, vale um prémio de 100 mil euros.

Na vertente feminina, para a qual também há prémio para quem conseguir bater o recorde mundial (65.16) da queniana Peres Jepchirchir, marcarão presença em Lisboa três atletas com marcas na casa dos 65 minutos, conseguidos em provas com partidas mistas: Joan Melly (65.04), Tsehay Gemechu (65.08) e Hawi Feysa (65.41).

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Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, manifestou-se convicto de que “se o tempo ajudar, Lisboa pode voltar a estar na lista de recordes do mundo”, e lembrou que, em 30 edições da prova, o máximo mundial já foi batido três vezes.

“Fazemos parte das cinco melhores provas do mundo, em todas as edições já juntámos meio milhão de corredores e já tivemos atletas de 106 países” disse, acrescentando que para “este ano há uma lista de 40 atletas de elite que querem participar”.

O 30.º aniversário da prova foi assinalado com o lançamento do livro 30 anos de Histórias, escrito pelo jornalista António Simões, e com prefácio de Jacinto Lucas Pires.

A apresentação da prova contou com a presença do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD), João Paulo Rebelo, que destacou a importância da prova “no atletismo de elite, mas também na criação de hábitos de prática de atividade física em Portugal”.

Além da meia maratona de Lisboa vai decorrer, no mesmo dia, a prova 10K, com um percurso de 10 quilómetros cronometrados, que substituiu a tradicional mini maratona, mas que, de acordo com a organização, “mantém o seu caráter popular, convidando milhares de participantes a percorrer a distância ao seu ritmo preferido”.

No dia 20, disputam-se as provas 7k (sete quilómetros), e outra dedicada às crianças.