O ministro das Finanças João Leão disse esta sexta-feira que esta “crise política é diferente de anteriores porque não adveio de questões financeiras ou orçamentais, mas sim de dificuldades políticas“. As declarações foram feitas na abertura da conferência MoneyConference, organizada pelo Diário de Notícias, TSF e Dinheiro Vivo, em Lisboa.

Na leitura que é feita por João Leão, embora tenha sido o chumbo do orçamento do Estado para 2022 que desencadeou a dissolução do parlamento, isso não significa que esta seja uma crise relacionada com questões orçamentais ou financeiras. Até porque “ainda há um mês tivemos uma melhoria do rating da República”, que também se refletiu nos ratings dos bancos.

“Do ponto de vista financeiro, Portugal tem condições de financiamento historicamente favoráveis”, sublinhou o responsável, acrescentando que “este ano Portugal financiou-se a 10 anos pela primeira vez com taxas de juro negativas”.

Portugal, do ponto de vista financeiro e orçamental, chegou a esta crise bem preparado e credibilidade. Desde o início da crise pandémica, sempre dissemos “No Matter What”, garantindo que estaríamos sempre a dar apoios às empresas e às famílias enquanto a crise perdurasse”, afirmou João Leão.

Dessa forma, afirma o ministro das Finanças, “evitámos entrar num ciclo destrutivo de perda de confiança na economia”. Pelo contrário, “o emprego está já superior ao que estava antes da pandemia” e na economia “desde o segundo e terceiro trimestre temos vindo a crescer mais do que a Europa”.

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O responsável quis deixar uma palavra de “confiança em tempos de incerteza política”, com uma crise “eminentemente política” e por isso os banqueiros e empresários na plateia devem olhar para esta crise com “tranquilidade”.

Ministro das Finanças não se compromete com aumentos para a Função Pública