O investimento em imobiliário comercial em Portugal atingiu os 1.173 milhões de euros até setembro deste ano e pode chegar os 2.500 milhões de euros no final do ano, de acordo com dados divulgados pela consultora JLL.

Num comunicado, a empresa referiu que, “na sequência da recuperação sentida no trimestre anterior, o investimento em imobiliário comercial em Portugal acelerou consideravelmente no 3.º trimestre deste ano, somando 583 milhões de euros investidos”, sendo que “este montante iguala o volume de investimento captado em toda a primeira metade do ano e coloca a atividade anual em 1.173 milhões de euros”, destacou a JLL, no seu mais recente Market Pulse, um estudo trimestral.

Citado na mesma nota, Pedro Lencastre, diretor-geral da consultora, referiu que, “mantendo este ritmo de aceleração e considerando a maior apetência dos investidores para diversificarem os seus alvos de investimento quer no tipo de imóveis quer nas localizações”, possivelmente no fim do ano serão alcançados “os 2.500 milhões de euros transacionados”.

Do montante transacionado no terceiro trimestre, 53% diz respeito “à transação de ativos de escritórios e outros 41% de ativos hoteleiros”, indicou a JLL.

“Uma das maiores transações do trimestre diz respeito à venda de um ‘portfolio’ de 15 edifícios de escritórios na Quinta da Fonte, por 150 milhões de euros”, destacou, salientando que no “segmento de escritórios destaca-se ainda a venda do edifício JQ1, na zona oriental de Lisboa, por 98 milhões de euros”.

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No setor hoteleiro, por outro lado, “a transação de vários ativos de primeira linha, como os hotéis Tivoli Vilamoura e Carvoeiro, por 148 milhões de euros, provam que este mercado está a recuperar a bom ritmo depois da quebra do turismo”.

De acordo com a JLL, “os escritórios concentram 50% do investimento anual, num total de 582 milhões de euros, seguidos pelo imobiliário hoteleiro, com uma quota de 22% equivalente a 256 de euros milhões, e do setor de alternativos, que captou 18% do montante investido, num total de 218 milhões de euros”.

Em termos de ocupação, “os escritórios chegam ao final do 3.º trimestre com 80.650 m2 [metros quadrados] tomados em Lisboa, reduzindo a cada trimestre o diferencial face ao ano passado”, sendo que “a retoma na ocupação é acompanhada de uma estabilidade nas rendas”, lê-se na mesma nota.

“Na habitação, mais do que a resiliência que marcou o primeiro ano de pandemia, o tempo é de vitalidade acrescida”, indicou a JLL no comunicado, acrescentando que “o volume de vendas residenciais está agora alinhado com os níveis recorde atingidos no final de 2019, registando-se uma forte procura quer por parte dos compradores nacionais quer dos internacionais, os quais representam 42% nas vendas no acumulado do ano”.