O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu a administração da Efacec, dizendo que não tem responsabilidade quanto à falta de matérias-primas. Isto num dia em que os trabalhadores cumpriram uma greve parcial, pedindo a demissão da administração.

“Francamente, acho que não é a administração atual que tem responsabilidades na situação que se está a viver. De facto, há dificuldades no acesso a matérias-primas, estamos a trabalhar no sentido de assegurar que a empresa mantém tesouraria disponível para funcionar nestes próximos tempos”, disse esta quarta-feira aos jornalistas Pedro Siza Vieira, à margem da apresentação do programa Empresas Turismo 360, que decorre no Observatório Astronómico de Lisboa.

O ministro reconheceu que “o processo de reprivatização tinha-se estimado concluir em menos tempo, vai demorar mais algum tempo, e já está a demorar”.

“Como eu disse, antes do final do ano é que é o nosso objetivo. É preciso assegurar os meios financeiros para isso se continuar a fazer, e estamos a aguardar propostas dos interessados para podermos encontrar aquilo que é essencial, que é que a Efacec encontre alguém que tenha capacidade de gestão, recursos financeiros”, frisou o governante.

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O objetivo é que “a empresa continue a servir o país e a ser um polo de excelência na nossa engenharia e na eletrificação da nossa economia”.

A paralisação desta quarta-feira dos trabalhadores da Efacec registou uma “adesão maciça” e levou à paragem total da produção, segundo fonte sindical, que interpreta a participação inédita de alguns setores da empresa como “um ato de grande responsabilidade”.

Assegurando que “a fábrica não trabalhou, parou completamente”, durante as duas horas da greve, as 14h00 e 16h00, o dirigente sindical considera que o nível de adesão registado representa “um ato de grande responsabilidade por parte dos trabalhadores”.

Greve da Efacec com “adesão maciça” parou a produção durante duas horas