A taxa de inflação anual nos Estados Unidos disparou em outubro para 6,2%, mais oito décimas do que setembro e o registo mais alto de preços no consumidor desde 1990, informou esta quarta-feira o Departamento do Trabalho.

De setembro para outubro, os preços aumentaram 0,9%, o maior salto desde junho. Os dados do mês passado surpreenderam os analistas que apontavam maioritariamente para uma taxa de 5,7%, depois dos 5,4% de setembro.

Se forem excluídos os preços dos alimentos e dos combustíveis, os mais voláteis, a inflação subjacente ficou em outubro em 0,6%, com uma taxa anual de 4,6%.

Os preços da energia subiram 4,8% e os dos alimentos subiram 0,9%, segundo os dados do Governo norte-americano.

A inflação tem sido motivo de preocupação nos Estados Unidos, mas até agora a Reserva Federal tem insistido no caráter transitório das taxas elevadas.

No entanto, os dados divulgados esta quarta-feira aumentam a pressão sobre o banco central, que já anunciou que começa este mês a reduzir gradualmente as compras de dívida que lançou para apoiar a economia devido à crise causada pela pandemia de Covid-19.

Os investidores agora esperam que a Reserva Federal aumente a sua taxa de juro no próximo ano, muito antes do que previam alguns meses atrás.

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