A Ferrari, regularmente, aceita encomendas especiais de clientes não menos especiais, que encomendam e pagam modelos distintos de todos os restantes. Baseadas em superdesportivos da gama, estas execuções a pedido destinam-se a homenagear modelos históricos ou as vitórias mais marcantes. Mas o facto de estes exemplares serem “filhos únicos” tornam-nos consideravelmente mais caros no momento da aquisição e extremamente mais valiosos depois dela, por se transformarem num exemplar único de um modelo de colecção.

O exemplo mais recente é o BR20, a última das séries especiais da Ferrari, que sucede ao Omologata, construído sobre um 812 Superfast. Segundo a Ferrari, este cliente (que permanece no anonimato), pretendia uma interpretação moderna de um coupé da marca italiana dos anos 50 e 60.

Tendo como base o GTC4 Lusso, um coupé de quatro lugares (2+2), a Ferrari conseguiu desenhar um coupé elegante e esguio, como os que fabricava em meados do século passado. O BR20 faz desaparecer os dois pequenos lugares traseiros do GTC4 Lusso, tendo ainda ganho 3 cm no comprimento, com a estética a ser apurada para reforçar a sensação de coupé comprido.

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Para animar o BR20, a Ferrari manteve o 6.2 V12 instalado à frente, que agora fornece 690 cv, o suficiente para atingir 335 km/h, depois de passar pelos 100 km/h ao fim de somente 3,4 segundos. Ao contrário dos coupés dos anos 50 e 60, este novo BR20 usufrui de um sistema de quatro rodas motrizes e quatro rodas direccionais, incrementando a eficiência, mas igualmente a segurança e a facilidade de condução.

Depois de um ano a trabalhar nesta execução especial, a Ferrari anunciou que o BR20 está pronto a ser entregue ao cliente, que certamente teve de suportar o custo de todos os segundos que os técnicos do fabricante transalpino investiram no elegante coupé.

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