O Presidente da República apelou esta sexta-feira para a necessidade de um “consenso mínimo nacional” sobre o novo aeroporto de Lisboa, e não esperar pelos resultados das eleições legislativas, apelidando de “medíocre” adiar esta decisão.

“O que eu espero é que independentemente do que sejam as escolhas que os portugueses venham a fazer daqui a cerca de dois meses e meio [eleições], seja possível ter um consenso mínimo nacional sobre o que há a ser definido” para o novo aeroporto, afirmou esta sexta-feira Marcelo Rebelo de Sousa, no 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, em Albufeira.

O Presidente da República, que discursa no encerramento do congresso, voltou a insistir na necessidade de se tomar uma decisão sobre a futura infraestrutura aeroportuária, relembrando que “qualquer que seja a decisão, é melhor que uma não decisão”.

“Certamente, o que é medíocre é adiar o que tem que ser decidido“, insistiu o Presidente da República.

Tal como já tinha afirmado no Dia Mundial do Turismo, Marcelo considerou ser “inconcebível” chegar ao fim deste segundo mandato sem uma definição sobre o aeroporto na área da Grande Lisboa.

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“Não é a única realidade em termos de infraestrutura de acesso aéreo, mas admito que esta é uma das que vos preocupa sobremaneira”, acrescentou, dirigindo-se aos empresários presentes.

O 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) termina esta sexta-feira em Albufeira.

Atualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar), aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar) e uma infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete.

Em 18 de outubro, o Governo lançou um concurso público internacional para a realização da avaliação ambiental estratégica da futura solução aeroportuária de Lisboa.