O Presidente da República apelou para a necessidade de um “consenso mínimo nacional” sobre o novo aeroporto de Lisboa, independentemente das escolhas dos portugueses que venham a sair das eleições. Para Marcelo Rebelo de Sousa “qualquer que seja a decisão, é melhor do que uma não decisão“.

Falando no 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Albufeira, Marcelo Rebelo de Sousa falou do “problema crucial da acessibilidade aérea na recuperação do turismo em Portugal”. O tema, acrescentou, “não é novo”, já existia antes da pandemia. “Desiludam-se os que pensavam que com a pandemia estava adiado sine die […], que há todo o tempo do mundo para se definir uma posição sobre esta matéria. Não há todo o tempo do mundo. Se houver, quer dizer que se andou a perder tempo”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa.

“O que eu espero é que, independentemente do que sejam as escolhas que os portugueses venham a fazer daqui a cerca de dois meses e meio [eleições], seja possível ter um consenso mínimo nacional sobre o que há a ser definido” para o novo aeroporto, afirmou, insistindo na necessidade de se tomar uma decisão sobre a futura infraestrutura aeroportuária, relembrando que, “qualquer que seja a decisão, é melhor do que uma não decisão”.

“Certamente, o que é medíocre é adiar o que tem que ser decidido“, insistiu o Presidente da República.

Reagindo a estas declarações, Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, que tutela o setor, declarou concordar “em absoluto com o Presidente da República”. E explica: “andamos há várias décadas a atrasar o país. Uma matéria como o aeroporto carece de largo consenso nacional e temos de ser capazes de conseguir um consenso para que, a cada mudança de Governo ou ministro, não estejamos a parar decisões que vêm de trás”. Por isso, “concordo em absoluto com o repto do Presidente sobre a necessidade de nos entendermos e de chegar a um compromisso forte sobre essas e outras decisões que iremos tomar”.

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