A sondagem divulgada esta sexta-feira pela SIC/Expresso mostra que, se fossem hoje as eleições, o PS voltaria a ganhá-las com 40%. A maioria de esquerda mantinha-se no Parlamento, mas com uma reviravolta: a CDU ficaria em quarto lugar, com 6%, enquanto o BE tornar-se-ia a quinta força política mais votada, com 5%, caindo cinco pontos percentuais face às legislativas de 2019.

À direita, o PSD não conseguiria ir além dos 26%, mas a grande surpresa seria o Chega, que obteria 10% e tornar-se-ia na terceira força política em Portugal. O Iniciativa Liberal, por seu turno, ficaria com 2% (melhorando ligeiramente o resultado) e o CDS obteria o seu pior resultado desde sempre, recolhendo apenas 1% da preferência dos inquiridos.

Ainda de acordo com os resultados da sondagem, o PAN ficaria com 2%. Há ainda 6% que não sabem ou não respondem, enquanto 2% preferia votar em outros partidos.

Na globalidade, a esquerda (PS+BE+PCP+PAN) obteria 53% dos votos, enquanto os partidos da direita coligados (PSD, Chega, IL e CDS) não superariam os 39%. Além disso, os socialistas, que não conseguem a maioria absoluta, ficariam com uma vantagem de 14 pontos percentuais sobre os sociais-democratas.

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Realizada entre dias 26 de outubro a 1 de novembro pelo ICS e o ISCTE com uma margem de erro de 3,5%, a sondagem mostra que o PS está à frente em praticamente todos os grupos sociodemográficos, à exceção daqueles que usufruem de um rendimento “confortável” e entre os trabalhadores domésticos.

Governo e António Costa pioram avaliação

Apesar de liderar as intenções de voto, há outros resultados desta sondagem que podem preocupar o PS. A atuação do Governo é avaliado negativamente por 48% dos inquiridos, enquanto as impressões positivas situam-se nos 42%.

E até a própria popularidade de António Costa ficou beliscada. Numa escala de zero a dez, os inquiridos avaliam o primeiro-ministro com uma avaliação de 5,4, descrescendo face à última sondagem do Expresso. A popularidade de todos os líderes partidários também acabaram por cair. Rui Rio situa-se nos 4,3, Catarina Martins nos 4 (um dos valores mais baixos de sempre), André Ventura nos 3,9, Francisco Rodrigues dos Santos nos 3,8, Jerónimo nos 3,7, João Cotrim de Figueiredo nos 3,7 e Inês Sousa Real nos 3,2.

Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa é o único político que mantém a mesma avaliação — 7,1 — sendo igualmente a mais elevada.