Cerca de 3,2 milhões de crianças afegãs sofrem atualmente de malnutrição aguda, com cerca de um milhão em risco de morrer com a queda das temperaturas.

Instituições humanitárias alertaram para a crescente fome, adjacente a uma seca que o país está a atravessar, assim como uma pesada crise económica — em parte, devido à retirada do apoio financeiro por parte do mundo ocidental, após as forças talibãs terem tomado controlo.

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“Estamos a remar contra a maré enquanto a fome invade o país”, partilhou a médica Margaret Harris à agência Reuters. “O mundo não se pode dar ao luxo de voltar as costas ao Afeganistão.”As temperaturas noturnas a começarem a ultrapassar os 0ºC , idosos e crianças estão progressivamente mais vulneráveis a doenças, aponta.

Além da crise, da fome e do frio, dados da OMS revelam também que casos de sarampo no país estão a registar um rápido crescimento.“Para crianças desnutridas, sarampo é uma sentença de morte. Se não agirmos rapidamente, vamos presenciar um enorme número de mortes”, alertou Margaret Harris.

Juntamente a toda esta situação, a atual pandemia já matou cerca de 7200 afegãos, tendo infetado 156 mil.

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