Os avisos têm sido vários nos últimos dias e, à medida que o inverno se aproxima, a curva da pandemia de Covid-19 está a aumentar. Apesar disso, e de Portugal estar no vermelho na matriz de risco, o número de mortes e de doentes em estado crítico hospitalizados são os que dão mostras de menor crescimento. Nas últimas 24 horas, registaram-se 8 mortes e 1.816 novos casos de infeção pelo vírus da Covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde deste sábado. Há ainda 424 doentes hospitalizados, 69 em estado muito grave ou crítico.
Desde 3 de setembro que não havia tantas novas infeções no espaço de 24 horas — nessa altura, registaram-se 1.822 novos casos. Por outro lado, este é o quinto dia consecutivo acima das mil novas infeções. Na véspera, o país registou 3 óbitos e 1.751 novos diagnósticos positivos.
Dois indicadores, que têm mostrado tendência crescente nos últimos dias, mantiveram-se este sábado inalterados: a taxa de incidência (o número de novos casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes) e o indicador de transmissão.
Assim, a incidência continua a ser de 134,2 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e de 133,3 casos no continente. Também o índice de transmissibilidade — o R(t) — ficou nos 1,15 a nível nacional e no continente, tal como se encontrava na sexta-feira.
Nos hospitais, a pressão aumenta ligeiramente. Os números mais recentes dão conta de 424 pessoas internadas devido à Covid-19 em Portugal, mais 13 em relação à véspera. Destes doentes, 69 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), o que representa mais quatro camas ocupadas do que na véspera.
O número de internamentos é o mais alto desde 22 de setembro, dia em que estavam hospitalizadas 426 pessoas. Para além disso, é o sétimo dia com os números a aumentar. Na sexta-feira, havia 411 pacientes internados, 65 deles em cuidados intensivos.
Entre as 8 vítimas mortais, dois eram homens e seis eram mulheres, e todas tinham acima dos 80 anos de idade — exceto uma das mulheres que estava na faixa etária entre os 60 e os 69 anos.
Em termos geográficos, Norte (2), Centro (3) e Lisboa e Vale do Tejo (3) são as regiões onde se concentraram as mortes.