Os grandes beneficiários da crise política estão a ser o PS e o PSD, diz uma sondagem da Intercampus feita para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV. Já as intenções de voto no Bloco de Esquerda e no Chega dão um trambolhão, ao passo que o PCP mantém intenções de voto em relação às últimas sondagens (mas perde deputados face às eleições anteriores).

A julgar por esta sondagem, se as eleições de 30 de janeiro acontecessem hoje o PS e António Costa sairiam vencedores com 39% dos votos, mais do que os 36,8 pontos da sondagem anterior. Ainda assim, iria ser mais curta a distância para o PSD, que subiu mais: 3,5 pontos percentuais para 28,1%.

Numa sondagem cujo trabalho de campo foi feito entre 5 e 11 de novembro, já depois do chumbo da proposta de orçamento, destava-se a queda de dois pontos percentuais nas intenções de voto no Bloco de Esquerda, que derrapa de 9,7% para 7,7%. Por outro lado, o Chega desliza de 8,6% para 6,3%. O PCP baixa ligeiramente, de 5,5% para 5,3%, uma percentagem de votos inferior ao resultado das últimas eleições.

Entre os outros partidos mais pequenos, o PAN sobe 1,1 pontos percentuais para 4,4% e o CDS-PP avança de 1,4% para 2%, apesar da instabilidade interna que marcou as últimas semanas. Já a Iniciativa Liberal baixa de 5,5% para 4,2%, uma descida em relação à sondagem anterior feita pela Intercampus.

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Marta Temido é a melhor ministra, dizem inquiridos

A ministra da Saúde, Marta Temido, continua a ser a ministra mais apreciada pelos portugueses, a julgar por esta sondagem. No polo oposto está o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, mais uma vez.

Entre os líderes partidários, porém, António Costa continua a ser o único com avaliação positiva – 3,2 valores. Rui Rio, do PSD, manteve-se em 2,8 valores. Em linha com a quebra nas intenções de voto no BE, a avaliação de Catarina Martins também caiu de 3 para 2,6 valores; Jerónimo de Sousa fez o mesmo caminho, baixa de 2,8 para 2,4 valores.

Apesar de as intenções de voto no CDS-PP subirem, Francisco Rodrigues dos Santos recua na avaliação dos portugueses – 2,6 para 2,3 valores – fazendo companhia a André Ventura no grupo dos piores líderes partidários.

Por fim, a avaliação a Marcelo Rebelo de Sousa baixou ligeiramente para 3,6 valores.