A Stellantis, o NHOA Group e a Free2Move eSolutions juntam-se no chamado projecto Atlante, uma rede de carregamento rápido que começou por ser implantada em Itália, mas que se vai alargar a França, Espanha e Portugal. Piemonte recebeu a primeira estação, em Outubro, e agora a Stellantis anunciou que” já foram identificados mais de 700 locais para a instalação de postos de carregamento, 10% dos quais estão actualmente em desenvolvimento, principalmente em Itália”.

O objectivo deste projecto é impor-se como “a maior rede de carregamento rápido do sul da Europa e a primeira a ser 100% do tipo Vehicle-Grid-integrated (VGI), utilizando sistemas de energias e armazenamento renováveis”. Significa isto que, além da energia “verde”, a rede que ainda há-de ganhar forma ambiciona optimizar o carregamento de veículos eléctricos, pois a integração permite, entre outras coisas, evitar picos de carga e custos elevados da electricidade – o que se consegue com recurso a sistemas de armazenamento, que “guardam” a energia produzida pelas renováveis e a disponibilizam para satisfazer picos de procura.

A meta é ter um total de 5000 pontos de carga rápida até 2025, com uma potência de saída entre 100 e 175 kW, e mais de 35.000 até 2030, sendo que a instalação dos postos vai privilegiar as grandes cidades e os principais entroncamentos rodoviários. Isto tendo presente que a Comissão Europeia determinou, também em Julho passado, que é obrigatório garantir estações de carga rápida a intervalos regulares de 60 km de distância nos principais eixos viários europeus.

De acordo com a Associação Europeia de Construtores de Automóveis (ACEA, na sigla em inglês para European Automobile Manufacturers’ Association), dos cerca de 225.000 pontos de carregamento existentes na Europa, só 25.000 são de elevada potência. Os clientes Stellantis, segundo a nota enviada à imprensa, terão benefícios na utilização desta nova rede, ainda que não seja concretizada a ordem ou a grandeza das vantagens de que usufruirão.

Segundo a ACEA, Portugal actualmente dispõe de uma média de 14,9 pontos de carregamento por cada 100 quilómetros de estradas, o que lhe permite ocupar a 4.ª posição no ranking da União Europeia. A informação avançada à imprensa pela Stellantis não menciona nem quando, nem onde o projecto Atlante vai materializar-se em solo luso, o que potencialmente ficaremos a saber quando for divulgado o “roteiro [já definido] para o desenvolvimento da tecnologia, que deverá ser lançado ainda este ano”.

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