Vários dissidentes cubanos foram esta segunda-feira detidos, pouco antes de uma manifestação convocada pela oposição e que foi proibida pelas autoridades.

Manuel Cuesta Morua, vice-presidente do Conselho para a Transição Democrática, “foi preso pela Segurança do Estado pelas 13h00 (18h00 em Lisboa), quando saía de casa” em Havana, declarou a sua mulher, Nairobi Scheri, citada pela agência noticiosa francesa AFP.

A dirigente do movimento Damas de Branco, Berta Soler, e o marido, o ex-preso político Angel Moya, também foram detidos, anunciou na rede social Twitter a dissidente Martha Beatriz Roque. Outra figura da oposição cubana, Guillermo Fariñas, está detido desde sexta-feira.

Nos últimos dias, muitos dissidentes, promotores da manifestação e jornalistas independentes disseram ter sido retidos em casa pelas forças da ordem.

Vários deles relataram esta segunda-feira terem sido alvo de atos de repúdio — concentrações de moradores utilizadas há décadas para repreender os opositores — ou de cortes da internet.

Em Havana, ao longo do Malecon, a célebre avenida costeira, havia grupos de três polícias em todos os cruzamentos e agentes à paisana destacados nos parques e praças, constatou a AFP no local.

Apesar da proibição do protesto, o grupo de debate político Archipiélago, que funciona na rede social Facebook e tem 37.000 membros em Cuba e no estrangeiro, mantém o seu apelo para se manifestarem em Havana e em seis províncias a partir das 15h00 (20h00 em Lisboa), para exigir a libertação dos prisioneiros políticos.

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