A advertência a passageiros que se recusam a utilizar uma máscara já levou à agressão de 13 revisores da CP (Comboios de Portugal) e afetou o funcionamento de mais de 30 comboios, noticia esta terça-feira o jornal Público.

Foi o caso de Vítor Neves Oliveira; depois de pedir a um passageiro que usasse máscara, foi agredido bem como o seu irmão, que o esperava na estação do Oriente, contou ao diário. Apesar de ter requisitado a presença das autoridades na plataforma da estação antes do comboio chegar ao destino, o pedido não teve resposta pronta. Acabou por ser espancado — sofrendo uma fratura no maxilar inferior, perdendo vários dentes, e ficando com vários hematomas — antes da polícia chegar (embora exista uma esquadra dentro da própria estação).

Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante acusa a GNR e a PSP de reagir mal “quando são chamadas”: “Estamos a colaborar com as autoridades na execução de uma norma sanitária, mas depois não temos o necessário apoio”.

O sindicalista contou ainda um incidente que ocorreu em Ovar, onde a GNR, quando chamada ao local, repreendeu o revisor por este não ter consigo o cartão de cidadão, em vez de advertir o passageiro que insistia em não usar máscara (a razão da presença dos agentes no local).

Das 13 agressões registadas desde o início da pandemia aos revisores por este motivo, sete ocorreram nas linhas de Sintra e Cascais.

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