O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, lamentou esta quarta-feira a morte do capitão de Abril Rui Borges Santos Silva, considerando que, “com o seu desaparecimento, perde-se um pouco da história recente” do país.

Rui Borges Santos Silva, que comandou o esquadrão de reconhecimento para a tomada e ocupação do Terreiro do Paço na Revolução dos Cravos, morreu em Coimbra, foi anunciado esta quarta-feira.

“Foi com sentimento de perda que tomei conhecimento do falecimento de mais um capitão de Abril, Rui Borges Santos Silva”, pode ler-se na mensagem de pesar de Ferro Rodrigues a que a agência Lusa teve acesso.

Morreu capitão de Abril Rui Borges Santos Silva

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O presidente da Assembleia da República recordou que o capitão de Abril “comandou o esquadrão de reconhecimento que tinha como finalidade a tomada e ocupação do Terreiro do Paço, em Lisboa”, fazendo assim parte “do grupo de homens que, naquela madrugada de Abril”, deu “a Liberdade e a Democracia” aos portugueses.

“Com o seu desaparecimento, perde-se um pouco da história recente do nosso país”, lamentou.

Ferro Rodrigues, em seu nome e do parlamento, enviou, assim, “as mais sentidas condolências à família enlutada, aos amigos e à Associação 25 de Abril”.

Licenciado em Ciências Militares, Rui Borges Santos Silva aderiu ao movimento dos capitães e comandou o esquadrão de reconhecimento que tinha como finalidade a tomada e ocupação do Terreiro do Paço, em Lisboa, no dia 25 de Abril de 1974, de acordo com uma nota da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, município de onde era natural.

Em 2006, Rui Borges Santos Silva foi condecorado pelo Presidente da República Jorge Sampaio com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, tendo doado a insígnia à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, que em 2004 lhe tinha atribuído a medalha de Mérito Municipal.