Foi a 28 de setembro, há quase dois meses, que o Sporting sofreu a última derrota. Na altura, os leões perderam na Alemanha com o Borussia Dortmund para a Liga dos Campeões — e não mais voltaram a perder. De lá para cá, ao longo de nove jogos entre Campeonato, Taça da Liga, Taça de Portugal e Champions, a equipa de Rúben Amorim somou nove vitórias e chegou à liderança da Liga, seguiu em frente nas Taças e manteve-se nas contas do apuramento europeu.

Uma equipa que dança a Potes de flamenco (a crónica do Sporting-Varzim)

Estas nove vitórias seguidas são o melhor registo do Sporting desde 2015/16, tempos de Jorge Jesus, quando os leões venceram os últimos nove jogos da temporada. Esta quinta-feira, a equipa de Rúben Amorim bateu o Varzim e passou à próxima fase da Taça de Portugal — contando principalmente com Pedro Gonçalves, que bisou no dia em que fez o jogo 50 pelos leões e leva três partidas consecutivas a marcar, algo que já tinha acontecido noutra ocasião esta época. O registo do internacional português, com 32 golos em 50 jogos, só é superado por Mário Jardel e Bas Dost nos últimos 20 anos, já que o primeiro atingiu os 58 golos e o neerlandês os 41 quanto bateram na fasquia da meia centena de partidas.

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Na flash interview, Pedro Gonçalves lembrou que “é sempre especial fazer dois golos”. Quantos mais melhor porque eu sinto-me bem a marcar. Mas o mais importante é o trabalho de toda a equipa, porque sem eles não seria possível. Foi um jogo difícil, o Varzim esteve muito bem defensivamente, tiveram as oportunidades deles e nós as nossas e estamos contentes por passar. Agora é recuperar bem para um excelente jogo, um excelente adversário, que é o favorito. Vamos fazer por conseguir ganhar e conseguir a próxima fase”, disse o jogador, apontando baterias à receção ao Borussia Dortmund, na próxima quarta-feira, naquela que será uma jornada decisiva nas contas do apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões.

Já Rúben Amorim, na zona de entrevistas rápidas, explicou que “o Varzim teve muito mérito” e que o Sporting podia “ter sido melhor em muitas situações”. “Temos um plantel curto, quem está no banco tem de ajudar. Faz parte do dia a dia da nossa equipa. Podíamos ter feito golo, controlado melhor as transições. Notou-se porque mexemos muito na defesa e isso mexe nas rotinas da equipa. O Varzim também não teve grandes ocasiões mas é uma equipa inteligente e motivada e levou o jogo para um aspeto que o favorecia. Temos cinco dias para recuperar. Até é bom este estímulo dos jogos. Ainda vamos ter uma folga antes deste período. É retirar as coisas boas e trabalhar as más”, explicou o treinador leonino, comentando depois a lesão de Jovane, que saiu já na segunda parte depois de se magoar sozinho no joelho esquerdo.

“É o mais preocupante do jogo, é a grande tristeza do jogo. Já passou por muito, é muito importante na nossa equipa. Não se sabe, nunca se sabe. Estamos aqui para ele, vai recuperar e voltar e vai ser muito importante para nós”, terminou Amorim, garantindo que ainda não conhecia a gravidade da lesão do avançado, que havia sido titular.