Imagine que é um português que recebe mensalmente o salário mínimo nacional, 665€. Será preciso trabalhar quase um ano, em concreto 11,3 meses, para ganhar o mesmo que a Toyota facturou por segundo em 2020.

Os dados são da Uswitch, empresa na área dos seguros automóveis, que decidiu pegar nos resultados anuais publicados pelos construtores de automóveis e desmembrou-os em horas, minutos e segundos, partindo da receita de 2020. E este foi um ano atípico devido à pandemia, que ora mobilizou os fabricantes para apoiar a luta contra o novo coronavírus, ora os obrigou a fechar fábricas devido ao confinamento. E, como se isso não bastasse, quando se começou a retomar a normalidade, os consumidores mantiveram-se longe dos concessionários e as fábricas começaram a ter de lidar diariamente com a falta de chips, condicionando a produção.

Ainda assim, em 2020, venderam-se 56 milhões de veículos globalmente, surgindo a Toyota como o grupo que mais facturou: 238 mil milhões de euros. Dividindo o montante por hora, temos que ganhou 27,1 milhões de euros a cada 60 minutos. A cada minuto que passava, a marca facturava 452.464€ e a cada segundo os tais 7541€. Para se ter uma ideia, Cristiano Ronaldo, que rebentou por diversas vezes a escala salarial, recebe por semana, no Manchester, 560.000€, ou seja, 3333€/hora; 55,6€/minuto; 93 cêntimos/segundo.

Logo abaixo, na 2.ª posição, surge outro grupo, a Volkswagen. O conglomerado germânico engloba muito mais marcas do que o Grupo Toyota, mas foi dos mais penalizados pela pandemia. Teve uma receita de 220 mil milhões de euros, o que dá 25,1 milhões de euros por hora; 418.357€ por minuto e 6973€ por segundo.

O 3.º posto é ocupado por outro grupo alemão, a Daimler (detentora da Mercedes e de parte da Smart, além dos pesados). Neste caso, a facturação em 2020 foi de 152 mil milhões de euros. A cada hora, a companhia germânica somava mais 17,4 milhões de euros, valor a que correspondem 289.641€/minuto e 4827€/segundo.

Há, contudo, uma diferença entre a facturação e o volume de vendas. Toyota e Volkswagen mantêm as respectivas posições no que toca a novos registos, com 8,7 milhões e 5,3 milhões de unidades transaccionadas em 2020. Mas em 3.º lugar surge a Honda, com 4,8 milhões de carros vendidos – mais de 90.000 por semana. A Mercedes, que integra a Daimler, aparece na 8.ª posição da tabela, com 2,2 milhões de veículos comercializados no ano passado.

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