A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou esta quinta-feira que lançou um abaixo-assinado a exigir que os descontos para a ADSE desçam de 3,5% para 1,5% e incidam em 12 meses em vez de 14.

Em comunicado, a estrutura sindical da CGTP indica que lançou “um abaixo-assinado a nível nacional em defesa de uma ADSE pública e ao serviço dos trabalhadores e aposentados (…) que exigem que o desconto mensal incida em 12 meses e não nos atuais 14”.

Já o desconto mensal, de 3,5% sobre salários e pensões, deve passar a ser de 1,5%, defende a Frente Comum.

Os trabalhadores e aposentados da Administração Pública descontam 14 meses por ano para a ADSE (incluindo os subsídios de férias e de Natal).

A Frente Comum justifica a exigência com a “saúde financeira da ADSE e a situação da generalidade dos salários e das pensões, que não sofreram atualização nos últimos anos, com exceção para os escalões de rendimento mais baixos”.

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A receita dos descontos que financiam a ADSE assume hoje valores que, não só garantem a sua sustentabilidade, como permitem a redução das contribuições dos beneficiários”, defende a Frente Comum.

Segundo diz, em 2020, a ADSE tinha acumulado “cerca de 800 milhões de euros, investidos em Títulos do Estado e em depósitos à ordem”.

Os salários dos funcionários públicos vão aumentar no próximo ano em linha com a inflação, sendo esperada uma atualização de 0,9%.

Nos últimos 12 anos, apenas em 2020 houve aumentos para todos os trabalhadores da Administração Pública, de 0,3%, em linha com a inflação.

Em 2021, a remuneração base subiu 20 euros para igualar o valor do salário mínimo nacional (665 euros) e houve aumentos de 10 euros para os salários que se situavam logo a seguir, entre os 665 e os 791,91 euros.