O ministro de Estado e Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse esta quinta-feira à Lusa que “já está ultrapassado” o problema relacionado com a recusa de vistos para entrada em Portugal a cerca de 400 estudantes são-tomenses.

Havia uma questão de habilitação legal que era preciso resolver e está resolvida pelas autoridades são-tomenses e, portanto, nós estamos em condições de processar os vistos àqueles estudantes que vêm com todo o gosto para nós, fazer ensino profissional e formação profissional em Portugal”, afirmou Santos Silva.

O governante falava à margem da cerimónia de entrega do Prémio Imprensa Nacional/Ferreira de Castro 2020 e a apresentação da coleção “Comunidades Portuguesas”, da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), em Lisboa.

Relativamente ao caso dos vistos, Santos Silva reiterou que era necessária “uma habilitação legal específica”.

“As autoridades são-tomenses já estabeleceram e, portanto, agora o processo normal de atribuição dos vistos, que são vistos nacionais, e portanto obedecem a uma tramitação específica, mas a nossa secção consular em São Tomé e Príncipe tem agora todas as condições para fazê-lo”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na terça-feira foi anunciado em São Tomé e Príncipe que o Governo são-tomense se reuniu com o embaixador de Portugal, Rui Carmo, para analisar as reclamações sobre o atraso de viagem e concessão de visto a cerca de 400 estudantes são-tomenses.

Após mais de uma hora e meia de conversa que decorreu no Palácio do Governo, o ministro do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adlander Matos em declarações à imprensa estatal que esteve no local esclareceu que foi um processo natural solicitado pelo chefe do Governo são-tomense e envolvendo também os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Juventude.

“O primeiro-ministro solicitou a presença do senhor embaixador de Portugal no sentido de nós conversarmos sobre o ponto da situação do processo de concessão de vistos aos estudantes, particularmente no domínio da formação profissional”, explicou.

O governante referiu então que são cerca de 400 estudantes afetados por esta situação.