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Morreu a cantora Nini Remartinez, nome pioneiro da rádio em Portugal

Este artigo tem mais de 2 anos

Nini Remartinez foi um dos primeiros nomes da rádio em Portugal, tendo-se estreado aos 19 anos, ao lado da irmã, Fernanda, com quem formou o duo Irmãs Remartinez. Tinha 102 anos.

"Adeus Havai" foi a canção que marcou o início do sucesso do duo Irmãs Remartinez
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"Adeus Havai" foi a canção que marcou o início do sucesso do duo Irmãs Remartinez

Casa do Artista (Facebook)

"Adeus Havai" foi a canção que marcou o início do sucesso do duo Irmãs Remartinez

Casa do Artista (Facebook)

A cantora Nini Remartinez, com 102 anos, morreu no sábado, em Lisboa, anunciou a Casa do Artista, onde a cantora morava desde 2005. “Nini Remartinez 1919-2021. Despedimo-nos de Nini Remartinez. Uma voz que marcou a música e a rádio em Portugal no século passado”, escreveu a Apoiarte – Casa do Artista, na sua página oficial no Facebook e no Instagram.

“Quis ser bailarina, mas a vida reservou-lhe um trajeto pela música. Com a irmã, Fernanda, [Nini] formou o duo musical Irmãs Remartinez, que alcançou enorme popularidade durante as décadas de quarenta e cinquenta do século passado. ‘Adeus Havai’ foi a canção que marcou o início do sucesso destas vedetas radiofónicas”, lê-se na mensagem publicada pela Apoiarte – Casa do Artista, nas redes sociais.

De seu nome Maria Carolina Remartinez Quilez de Freitas França, Nini, nascida em 10 de fevereiro de 1919, foi um dos primeiros nomes da rádio em Portugal, uma das “cantoras da rádio”, tendo-se estreado aos 19 anos, ao lado da irmã, Fernanda, com quem formou o duo Irmãs Remartinez. A estreia do “Duo de Ouro da Rádio” portuguesa, como ficou conhecido, ocorreu aos microfones da então Rádio Peninsular, em 1938.

As duas cantoras passaram depois pela Voz de Lisboa entre outras estações e revistas da rádio, até chegarem à antiga Emissora Nacional — atual RTP/Radiodifusão Portuguesa –, de cujos quadros Nini Remartinez fez parte, e onde acabou por pôr fim à carreira artística, optando pela vida familiar.

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Manteve-se, porém, sempre ligada à rádio pública, quer como funcionária da discoteca, quer como elemento do Coro Feminino da Emissora Nacional, desde a sua fundação até à extinção, na década de 1960, quando foi publicado o álbum “Vozes de Raparigas — Portuguese Girls Sing”, gravado com a Orquestra Ligiera da Emissora.

O repertório das Irmãs Remartinez era composto por temas portugueses, argentinos e norte-americanos. Celebrizaram canções como “O Fuso”, “Paducah”, “Loira e Morena”, “Vira, Viradinho” e “Saias”, assinadas por compositores como António de Castro e Eduardo Loureiro. “Rabela do Douro” e “A garota da Madragoa” estão entre os sucessos de Nini Remartinez, a solo.

Como atriz, Nini Remartinez entrou em filmes como “Ladrão, Precisa-se!” (1946), de Jorge Brum do Canto, e no documentário “Milú, a Menina da Rádio” (2007), dedicado à atriz e cantora com quem se cruzou e trabalhou. Aos 100 anos, em 2019, Nini foi homenageada no programa televisivo “Inesquecível”, de Júlio Isidro, na RTP Memória, no qual tocou ao piano a valsa “Fascinação”, de Fermo Dante Marchetti (1876-1940). Fechou o programa com uma canção celebrizada por Frank Sinatra, cantor de que gostava muito, como afirmou.

Nini Remartinez, em 2008, foi agraciada com a Medalha de Mérito Municipal, grau ouro, da Câmara de Lisboa. Numa publicação da Casa do Artista dedicada à cantora e atriz, é destacada a atenção que deu ao Facebook e à página que aí criou. “A internet abriu-me muito a cabeça”, disse Nini Remartinez, garantindo que as novas tecnologias tinham “feito bem a muita gente”.

“Desde 2005 que vivia na nossa Casa onde todos contagiou com a sua ternura, boa disposição e com a permanente vontade de saber e de viver”, escreve a Casa do Artista, que conclui a mensagem com um “até sempre” dedicado à atriz e cantora.

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