Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas na sequência de um tiroteio na Cidade Velha de Jerusalém. A vítima mortal, um homem de 35 anos, ainda foi transportada com vida para o hospital Hadassah, no Monte Scopus, onde acabou por morrer devido aos ferimentos, informaram os serviços de saúde.

Dois dos feridos são civis, com idades compreendidas entre os 20 e os 46 anos. O mais novo encontra-se internado no hospital Hadassah em Ein Kerem em estado grave. Os outros dois feridos são polícias, com 30 e 31 anos, e encontram-se livres de perigo.

Segundo o Times of Israel, o tiroteio aconteceu pelas 9h (7h em Lisboa), perto de uma das entradas para o Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém. O local foi imediatamente fechado pela polícia a visitantes.

As autoridades informaram que o atacante, morto no local, era um palestiniano de Jerusalém Ocidental com ligações ao Hamas. De acordo com a CNN, o suspeito usou uma arma automática, conhecida como “Carlo”.

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Governo de Israel anuncia reforço de segurança policial para evitar novos ataques

O primeiro-ministro de Israel anunciou entretanto um reforço policial na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada.

“Ordenei às forças de segurança que se preparassem e que fiquem em alerta” face a possíveis novos ataques, adiantou Naftali Benet citado pela agência EFE, após o segundo incidente em menos de uma semana.

Fadi Abu Shekheidem, um palestiniano de 42 anos do campo de refugiados de Shuafat e identificado como membro do movimento radical islâmico Hamas, disparou este domingo de manhã no centro da cidade contra várias pessoas, provocando um morto e cinco feridos, incluindo um civil de 26 anos, que permanece hospitalizado.

Os três feridos considerados mais ligeiros são um civil e dois polícias e o agressor foi “neutralizado” pela polícia israelita no local, próximo da Esplanada das Mesquitas.

O ministro da Segurança Pública de Israel, Omer Bar Lev, adiantou ao Canal 12 que Shekheidem era um conhecido membro do Hamas e que a sua mulher tinha deixado o país há três dias, o que poderá significar que o “ataque foi planeado”. Os movimentos Hamas e Jihad Islâmica, aliás, já tornaram público o seu apoio.

“Esta Cidade Santa continuará a lutar até expulsar o ocupante estrangeiro e não sucumbirá à odiosa realidade da ocupação”, disse o porta-voz do Hamas Hazem Qassem.

Este é o segundo incidente do género em menos de uma semana dentro da cidade murada de Jerusalém Oriental ocupada, um dos pontos mais quentes do conflito entre palestinianos e israelitas.

Na quarta-feira passada, dois oficiais israelitas foram feridos com facas por um palestiniano de 16 anos de um bairro de Jerusalém Oriental, que acabou por ser baleado e morto durante o ataque, por oficiais e um guarda de segurança.