Nos últimos dias, a Áustria tornou-se o primeiro país a decretar obrigatória a vacinação contra a Covid-19. No fim de semana e face ao consistente e continuado do número de novos casos e da taxa de incidência, a Alemanha começou a debater a possibilidade de tomar a mesma decisão. Uma decisão que, como praticamente tudo o que acontece no mundo, pode afetar o desporto — começando desde logo no maior clube de futebol alemão, o Bayern Munique.

Atualmente, o Bayern tem cinco jogadores que recusaram ser vacinados: Joshua Kimmich, Serge Gnabry, Eric-Maxim Choupo-  Moting, Michael Cuisance e Jamal Musiala, com esse detalhe de este último ter apenas 18 anos. Ora, no passado dia 1 de novembro, o Estado da Baviera, onde fica Munique, aprovou uma lei que permite aos empregadores um corte proporcional do salários dos funcionários que, por não estarem vacinados, não possam cumprir as obrigações e tarefas inerentes ao cargo que ocupam. Atualmente, os cinco elementos do clube alemão estão em isolamento profilático por terem estado em contacto com um caso positivo — o que significa que vão falhar dezenas de treinos, o jogo contra o Dínamo Kiev a contar para a Liga dos Campeões e ainda a receção ao Arminia para a Bundesliga.

Kimmich e o outro lado da não vacinação (por opção), da proibição de estagiar com a equipa no hotel à parte do salário em risco

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Assim sendo, o Bayern Munique vai aplicar a legislação recentemente aprovada e penalizar os salários de Kimmich, Gnabry, Choupo- Moting, Cuisance e Musiala. A multa será proporcional ao salário de cada um, ou seja, será diferente para cada jogador — no caso de Kimmich, que é um dos mais bem pagos do plantel e aufere algo como 20 milhões de euros anuais, o corte deve fixar-se nos 380 mil euros por cada semana de ausência. De acordo com o jornal Bild, ao todo, o Bayern Munique vai poupar algo como um milhão de euros em salários no próximo mês graças ao isolamento dos cinco jogadores.

O jornal alemão adianta ainda que os atletas foram informados ainda na semana passada e que terão ficado “em choque”, ponderando até recorrer à justiça para entenderem a legalidade das decisões tomadas pelo Bayern Munique. De recordar que, de todos, Kimmich foi o único a apresentar justificações mais sustentadas sobre o facto de não pretender vacinar-se para já — algo que pode mudar se a Alemanha decidir mesmo avançar com a vacinação obrigatória. “Quero esperar por estudos a longo prazo. Estou consciente da minha responsabilidade. Claro que respeito as medidas de higiene e os jogadores não vacinados no clube são testados a cada dois ou três dias. Vacinar-me no futuro? Claro que tenho isso em conta, por isso é que não digo de forma categórica que não me irei vacinar. Apenas tenho algumas preocupações neste momento. É muito possível que me vacine no futuro”, disse o internacional alemão há alguns dias.

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