Se as eleições presidenciais norte-americanas se realizassem hoje e tivessem os mesmos dois candidatos (Donald Trump e Joe Biden) do anterior ato eleitoral, os resultados seriam diferentes. De acordo com uma sondagem da empresa Redfield & Wilton Strategies divulgada pela Newsweek, o ex-Presidente norte-americano obteria 44% dos votos contra 39% do atual chefe de Estado.
O resultado seria ainda mais substancial se o duelo entre republicanos e democratas em 2024 fosse entre Donald Trump e Kamala Harris. Nesse cenário, o ex-Presidente recolhe 45% das intenções de voto, enquanto a atual vice-presidente norte-americana não vai além dos 36%.
Esta é a primeira vez que uma sondagem mostra uma diferença tão acentuada entre os dois candidatos que concorreram nas eleições de 2020. A mesma empresa indicava, no início de novembro, um empate entre Biden e Trump (cada um obtinha 42% dos votos).
Em termos de popularidade, Joe Biden está a enfrentar um dos piores períodos enquanto chefe de Estado. Outra sondagem recente, publicada pela Universidade de Quinnpiac, mostra que a taxa de aprovação do Presidente se encontra nos 36%, enquanto mais de metade (53%) reprova a atuação do Presidente.
Os inquiridos desta sondagem reprovam especialmente a gestão da economia norte-americana (com o aumento recente de inflação à cabeça, a mais alta desde 1990) e da política externa. 57% dos que participaram na sondagem admitem ainda que Biden não apresenta uma boa capacidade de liderança.
Inflação anual nos EUA atinge em outubro 6,2%, a mais alta desde 1990
Também Kamala Harris apresenta uma taxa de reprovação histórica com apenas 28% dos norte-americanos a aprovarem a sua atuação. Na base destes números estará o facto de muitos eleitores se sentirem desiludidos com a atuação da vice-presidente e com a relação conturbada com alguns secretários da Casa Branca.
Trump ameaça recandidatar-se e vencer os democratas “pela terceira vez”
Ainda não se sabe se Donald Trump se candidatará em 2024, tendo já dado sinais de que o querer fazer. Contudo, um antigo advogado do ex-Presidente indicou ao The Guardian que não o fará, uma vez o seu “ego frágil”, que não seria “capaz de obter uma segunda derrota”. Já Joe Biden já anunciou que a sua “intenção” era recandidatar-se em 2024.