Era tudo uma questão de perceção. No limite, de receio. Julian Nagelsmann, técnico que falhou o jogo na Luz após testar positivo à Covid-19 na véspera da partida, recusava qualquer cenário de divisão no balneário mas as notícias ganharam uma cadência diária sobre uma divisão cada vez mais assumida entre o grupo de atletas que estão vacinados e o (pequeno) lote de jogadores que recusaram ser vacinados. Convicções à parte, havia também o receio que isso pudesse prejudicar a própria equipa. Na verdade, até já prejudicou.
Depois de um período em isolamento após terem estado em contacto com uma pessoa infetada, dois dos cinco elementos não vacinados do plantel dos bávaros testaram agora também positivo e estão nesta altura em isolamento, sendo que um deles é Joshua Kimmich, internacional que tem estado no centro da polémica e que ouviu “recados” até da antiga chanceler Angela Merkel. O outro é Eric-Maxim Choupo-Moting. De referir ainda que Gnabry, Jamal Musiala e Cuisance são os outros jogadores não inoculados.
“Joshua Kimmich está em isolamento após o teste ser positivo para o novo coronavírus. O médio do Bayern está bem”, confirmou o clube através de um curto comunicado semelhante ao que tinha emitido quando deu a conhecer a infeção de Choupo-Moting. De recordar que o internacional alemão estava a cumprir nesta fase o seu segundo período de quarentena em poucos dias: o primeiro depois da infeção de Niklas Süle, que levou à dispensa da seleção, e o segundo por ter estado em contacto com uma pessoa infetada.
Já em relação a Gnabry, Musiala e Cuisance, já estavam também em quarentena tal como Choupo-Moting por terem estado em contacto com outra pessoa que mais tarde veio a dar positivo. Todos tinham falhado já o último encontro do Bayern na Ucrânica, frente ao Dínamo Kiev, a contar para a Champions.