A economia alemã cresceu 1,7% no terceiro trimestre e mostra assim uma continuidade na recuperação já observada no verão, depois de no segundo trimestre ter crescido 2% em relação ao anterior, foi anunciado esta quinta-feira.

Segundo a agência federal de estatística alemã (Destatis), a recuperação no terceiro trimestre foi assim 0,1 pontos percentuais inferior ao anunciado pela agência nos seus cálculos provisórios, publicados em 29 de outubro.

Mesmo assim, o PIB ainda está 1,1% abaixo do nível do quarto trimestre de 2019, o trimestre que precedeu a crise da pandemia.

Depois da procura interna ter registado um crescimento significativo em praticamente todos os setores no segundo trimestre, no terceiro trimestre este avanço só foi observado no consumo privado, que, com uma recuperação de 6,2%, foi um pilar fundamental da recuperação.

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Em contrapartida, os gastos públicos contraíram-se 2,2%.

O investimento também diminuiu no terceiro trimestre — em 3,7% em equipamento, principalmente máquinas, dispositivos e veículos, e em 2,3% na construção.

O comércio externo diminuiu no terceiro trimestre, com as exportações de bens e serviços a caírem 1% e as importações a caírem 0,6%.

Em termos homólogos, a economia cresceu 2,5% no terceiro trimestre, em dados corrigidos das variações sazonais e de calendário.

A procura interna voltou a crescer em relação a há um ano, embora o forte aumento dos preços devido, entre outras razões, à redução temporária do IVA no segundo semestre de 2020 tenha abrandado o impacto da recuperação.

Assim, o consumo privado aumentou 1,6% em termos homólogos e a despesa pública 2,2%. As pessoas voltaram a gastar significativamente mais dinheiro, especialmente em viagens.

O investimento na construção também aumentou 2%, com um aumento notável na habitação, enquanto o investimento em equipamento foi 1,9% mais baixo do que no terceiro trimestre de 2020.

A procura externa cresceu em relação ao terceiro trimestre do ano passado e os bens e serviços foram exportados para um volume 5,5% superior, enquanto as importações recuperaram em 8,9%.