A União Europeia vai recomendar que haja um período de nove meses durante o qual a vacinação é válida e permite viajar dentro do bloco de países. Depois disso, poderá haver a necessidade de receber uma dose extra da vacina para se poder continuar a circular livremente.

A proposta é noticiada esta quinta-feira pela Bloomberg, que teve acesso a um documento da Comissão Europeia que concretiza uma série de medidas que seguirão para análise no Conselho Europeu. A ideia passa por impor esta espécie de prazo de validade para as vacinas, numa altura em que os especialistas apontam para uma perda de eficácia alguns meses depois da inoculação.

Não é a única novidade que a Comissão Europeia quer aplicar, numa tentativa de uniformizar as regras para viajar nestes países. A proposta inclui uma reabertura de fronteiras de todos os Estados-membros, a partir de 10 de janeiro, para todos os que tenham recebido as vacinas aprovadas pela Organização Mundial de Saúde. Isto acabaria com as listas verdes que distinguem quais os países mais ou menos seguros — o critério passaria a ser a apresentação de um certificado digital europeu ou de um documento equivalente que garantisse a inoculação com as vacinas aprovadas, dentro do timing considerado seguro.

A Bloomberg adianta ainda que estas regras permitirão que crianças entre 6 e 17 anos possam viajar apenas com um teste PCR negativo e sem estarem vacinadas, mesmo que os países exijam, à chegada, novo teste ou algum período de isolamento. Quanto aos viajantes com vacinas aprovadas pela Organização Mundial de Saúde mas não pela Agência Europeia do Medicamento, também poderão ter de apresentar um PCR negativo, caso as novas medidas passem pelo crivo do Conselho Europeu.

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